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Punto ou Bravo, eis a questão
Por Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
16/03/2011 | 07:02
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Quando em terras brasileiras aportou, o Fiat Bravo foi inevitavelmente comparado ao ‘irmão' menor Punto pelo design de traços semelhantes. Nas ruas, muitos o chamaram de ‘Puntão' ou mesmo ficaram em dúvida se era realmente o tal do substituto do Stilo. Diante desta e outras afinidades entre os dois, resolvemos realizar um comparativo fraterno entre o ‘Bravinho' e o ‘Punto GG'.

Em busca do equilíbrio nos quesitos preço e desempenho, optamos pelas configurações automatizadas do Bravo Essence (R$ 58.090) e do Punto Sporting (R$ 54.260) - ambas equipadas com motor 1.8 16V E.TorQ Flex.

Ao analisarmos os itens de série, encontramos as primeiras diferenças em meio a tantas igualdades. Ambos oferecem de série ar-condicionado, direção hidráulica, air bag duplo, rodas de liga leve de 16 polegadas, faróis de neblina, computador de bordo e controlador de velocidade. Porém, o Punto - mesmo mais barato - entrega de fábrica freios ABS e volante revestido em couro com controle de rádio, itens opcionais no Bravo, que custam R$ 795 e R$ 364, respectivamente.

E por falar em opcionais, os dois modelos dispõem de listas interessantes, alguns com preços próximos, outros com preços idênticos, como sensor de estacionamento traseiro (R$ 621), kit High Tech (sensor de chuva + sensor crepuscular - R$ 726) e teto solar Skydome (R$ 4.664). O revestimento dos bancos em couro é R$ 51 mais barato no Bravo (R$ 1.969), que, ressaltemos, oferece maior gama de opções, como rodas aro 17, sensor de estacionamento dianteiro, air bag de joelhos para motorista, entre outros ‘mimos'.

RODANDO - Sobre o asfalto e queimando combustível, os dois são muito parecidos, afinal, o motor dos dois é o 1.8 16V E.TorQ de 132 cv de potência a 5.250 rpm e 18,9 mkgf de torque a 4.500 rpm - com etanol.

O câmbio traz caixa automatizada de cinco velocidades Dualogic, que está melhor sintonizado com o novo bloco, apesar de ainda causar desconforto com mudanças lentas e, às vezes, equivocadas. Já a suspensão privilegia o conforto, o que incomoda aqueles que buscam condução mais esportiva.

Essas semelhanças podem ser comprovadas nos números. Enquanto o Bravo é apenas 2 km/h mais veloz (193 km/h), o Punto leva insignificante 0,1 segundo a menos para ultrapassar os 100 km/h - também ‘bebendo' álcool.

INTERIOR - O jovem Bravo começa a recuperar o tempo perdido no custo-benefício quando o tema da ‘prosa' é espaço. Com 30 centímetros a mais, a primeira diferença significativa aparece no volume do porta-malas, 120 litros maior.

Com distância entre os eixos superior (9 cm), assim como largura (19 cm) - os dois têm 1,50 metro de altura - , o Bravo acomoda melhor os passageiros do banco traseiro. Porém, se o motorista tiver mais de 1,85 metro de altura, andar no banco de trás é incômodo nos dois.

Em termos de acabamento, o ‘Punto GG' (Bravo) é superior. As peças emborrachadas e de plástico utilizadas conferem maior requinte ao hatch médio. Ponto positivo para o painel de instrumentos com grafismo mais moderno e de melhor leitura. E os controles do console central ligeiramente voltados para o motorista garantem melhor ergonomia.

Aproveitando a palavra ‘ergonomia', tanto Punto quanto Bravo têm ajustes de altura do banco do motorista e altura e profundidade da coluna de direção, o que facilita encontrar a melhor posição ao volante.

DESIGN - Como dito no início da matéria, Punto e Bravo têm linhas parecidas, basta olhar os dois de frente (principalmente conjunto óptico) e de perfil. As diferenças ficam mesmo para a traseira. Enquanto um adota lanternas na coluna ‘C', o outro utiliza desenho arredondado. Ambos, porém, são atuais e sugerem forte ‘sotaque' italiano.

VEREDICTO - Equilíbrio. Para os urbanos que não ligam para o tamanho do porta-malas e não levam muita gente, o Punto Sporting é a melhor opção pelo custo-benefício superior e desempenho semelhante ao do Bravo Essence. Porém, quem não abre mão da novidade, vá de Bravo.




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