Mesmo sem a presença do candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), a militância tucana compareceu em grande peso ontem ao último ato de campanha do partido no segundo turno eleitoral. ocorrido na região Central da Capital. Aécio viajou para a cidade mineira de São João Del Rei, onde visitou o túmulo de seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, e não estava na atividade na Praça da República, Centro de São Paulo.

Estimativa da Polícia Militar apontou que cerca de 5.000 pessoas estiveram presente ao ato liderado pelo governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). José Aníbal (PSDB), suplente de senador eleito na chapa de José Serra (PSDB), e o ex-governador Alberto Goldman também protagonizaram o evento.

Por aproximadamente uma hora, tucanos caminharam da Praça dos Patriarcas até a Praça da República, cantando jingle da campanha de Aécio e com gritos de “fora, PT”. Durante o percurso, marcado por muito empurra-empurra, Alckmin apenas acenou aos comerciantes locais e distribui abraços em pessoas que se aproximavam dele.

O número de presentes surpreendeu as lideranças da sigla, que aproveitaram para alfinetar o PT. “Nossos apoiadores aqui nos ajudam demais, de maneira espontânea, com o sentimento puro. E estamos percebendo que não ocorre isso com o nosso rival. A militância petista vota na presidente Dilma (Rousseff, candidata à reeleição, pelo PT), mas não pede votos para ela. Isso mudou por causa deles mesmos, que dissociaram discurso da prática”, opinou o presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Duarte Nogueira.

Parlamentar estadual reeleito, Orlando Morando considerou o ato como um dos mais marcantes da legenda durante o processo eleitoral. “Essa foi uma verdadeira mobilização. As pessoas trouxeram gesto muito bonito, que foi a sinceridade e proporcionaram bela ação de rua.”

DE OLHO
De acordo com dirigentes da legenda, 57 mil pessoas trabalharão por todo o Estado durante o horário de votação, das 8h às 17h, como fiscais nas zonas eleitorais. Logo após o fechamento das urnas, está prevista grande mobilização até a sede estadual da sigla, que fica situada na Zona Sul da Capital, para o acompanhamento da apuração dos votos.

No primeiro turno, Aécio ficou à frente de Dilma no Estado – maior colégio eleitoral do País – com 4 milhões de votos de diferença. O objetivo é ampliar a distância, para compensar a força petista no Nordeste.