Líderes da Federação de Umbanda de Diadema denunciam problemas no local
Na sessão da Câmara de Diadema realizada ontem, foi criada comissão especial para apurar as condições de segurança do Cemitério Municipal da cidade. O grupo de parlamentares vai definir na próxima sessão a data para a primeira reunião.
São integrantes da comissão os vereadores José Dourado (PSDB), Milton Capel (PV), Reinaldo Meira (PR) e Josa Queiroz (PT). Os representantes da Federação de Umbanda e de Cultos Afro-brasileiros de Diadema também irão participar das reuniões.
O presidente da federação, Cassio Lopes Ribeiro, usou a tribuna para falar durante a sessão, que também contou com a presença de religiosos da umbanda. “Ressaltamos que a nossa religião nada tem a ver com a violação dos túmulos e repudiamos esses atos. Também aproveitamos a repercussão da matéria veiculada pelo Diário para chamar a atenção para a segurança do cemitério, já que muitos de nós fomos assaltados no local”, disse.
A necrópole conta com um local reservado para que os praticantes façam as suas oferendas, o Ilê de Omolu e Yansã. Aviso na portaria orienta que os umbandistas devem pedir a chave para que o porteiro abra o espaço.
Mesmo assim, Ribeiro afirmou que é necessário mais investimento em segurança. “O cemitério está muito malcuidado e chegamos a encontrar pessoas fumando maconha lá dentro. Precisa de um controle mais rígido para a entrada e saída do Ilê, como pegar o documento da pessoa e devolver na saída, por exemplo”, sugeriu.
Conforme o vereador José Dourado, as ocorrências de violação de túmulos também farão parte da pauta. “Ainda não foi determinada a data da reunião, mas será feita o mais rápido possível. Precisamos acompanhar essa situação para ter certeza de que ela não se repita e também descobrir quem está fazendo essa maldade que é violar os túmulos”, disse.
De acordo com a explicação de Josa Queiroz, a comissão vai ser responsável por acompanhar todas as investigações. “A partir das apurações em relação à infraestrutura, vamos fiscalizar e verificar o que realmente pode ser feito. Considero que é um trabalho de suma importância, principalmente por causa da gravidade dos últimos fatos”, citou, em referência ao caixão de um natimorto retirado do túmulo no domingo e reencontrado na segunda-feira.
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