Esta tinha proposta ``irrecusável' para se transferir para a Bahia, mas acertou com as autoridades gaúchas na questao de incentivos fiscais.
Os valores, acertados com o secretário de Desenvolvimento, Zeca Moraes, mas ainda nao divulgados por dependerem da aprovaçao do conselho do Fundopem, permitirao a construçao de uma nova fábrica da empresa, de 80 mil m2, com emprego direto de 200 pessoas, investimentos de R$ 20 milhoes e conclusao em 2.001.
A nova unidade substituirá, progressivamente, a matriz, localizada no centro de Bento Gonçalves e cuja produçao de 6.500 móveis por dia permitirá um faturamento de R$ 110 milhoes até o fim deste ano.
Segundo o presidente da empresa, José Eugênio Farina, os incentivos fiscais do governo gaúcho foram muito importantes, mas nao foram decisivos para a permanência da Todeschini no Sul.
Pesaram muito para a permanência no estado, afirmou, a existência da Todeschini há 60 anos no RS, a qualidade da mao-de-obra e a vinculaçao afetiva do empresário com seus empregados.
Embora nao assumida publicamente, a permanência da Todeschini no estado era uma espécie de questao de honra para o governo petista, agastado com o governo baiano. Secretários de governo daquele estado vieram no fim do ano passado, antes mesmo da posse de Olívio Dutra, para convidar empresários gaúchos a se transferirem para a Bahia.
A visita e convites reiterados provocaram um bate-boca entre o vice-governador gaúcho, Miguel Rossetto (PT), e o governador baiano, César Borges (PFL). No início de março, Olívio exigiu a renegociaçao dos contratos com as montadoras que iam se instalar no estado, Ford e GM, enquanto o governo baiano publicava polêmico anúncio convidando as empresas a se transferirem para a Bahia, motivo de outra troca de críticas de autoridades dos dois estados.
Ao fim da briga, a GM ficou, mas a Ford se transferiu para a Bahia, favorecida pelo governo federal na revitalizaçao do programa de incentivos fiscais no regime automotivo para o Nordeste. O caso provocou até uma CPI promovida pelas oposiçoes gaúchas na Assembléia, que propôs ao Ministério Público açao de responsabilidade contra Olívio e contra a Ford, de quem pretendem cobrar os prejuízos.
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