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Dilma Rousseff classifica aliança PSB-PSDB como ‘compreensível’

Petista iguala propostas econômicas e desacredita em transferência de votos

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
13/10/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A presidente Dilma Rousseff (PT), que busca a reeleição, classificou ontem como “compreensível” a declaração de apoio de Marina Silva (PSB), terceira colocada no primeiro turno, a Aécio Neves (PSDB), seu adversário na segunda etapa da disputa. A avaliação da petista é de que socialista e tucano já concordavam nas propostas para o campo econômico para reduzir o papel do Estado e ampliar participação do capital privado.

“A proximidade maior que ela (Marina) tem é com o programa econômico do Aécio, e tem menos proximidade, de fato, com o programa social do meu governo e do (ex-)presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva)”, contemporizou Dilma, que enfatizou que ambos rivais defendem autonomia do BC (Banco Central) e redução do papel dos bancos públicos. “Isso significa acabar com o (programa habitacional) Minha Casa, Minha Vida concretamente, ou reduzir.”

Marina conquistou a terceira posição e 22 milhões de votos na concorrência ao Palácio do Planalto. Dilma, entretanto, afirmou não acreditar em “transferência automática de votos”. “O voto é de cada brasileiro e brasileira que vai às urnas e registra, não é propriedade minha nem de nenhum outro candidato”, pontuou.

A presidente citou que “muitas propostas de políticas sociais” apresentadas pela candidatura do PSB são semelhantes às dela, o que teria feito “vários seguidores” da ex-presidenciável engrossarem sua campanha. “O governador (da Paraíba) Ricardo Coutinho (PSB), por exemplo, estava com a Marina e agora está conosco. Várias pessoas de outros partidos também vieram, são todas bem-vindas. Não concordo com série de propostas e têm coisas que eu não incorporo no meu programa de governo nem que a vaca tussa”, reforçou. Presidente nacional do PSB, Roberto Amaral também formalizou apoio ao projeto do PT.

Em visita ao CEU (Centro Educacional Unificado) Jambeiro, na Zona Leste da Capital, ontem, Dilma ironizou o “choque de gestão feito em Minas Gerais”, Estado governado entre 2003 e 2010 por Aécio. Ela afirmou que o Brasil vem reduzindo a taxa de mortalidade e que Minas teve redução de 9%, entre 2010 e 2013, a pior do País. “O que não me estranha, porque o TCE-MG (Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais) já apontou que ele deixou de investir R$ 7,6 bilhões (em Saúde). Não investiram o mínimo constitucional.” 




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