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Donisete tenta apoio de Vanessa

Sem eleger Helcio e Paulo Eugenio na disputa por vaga de duputado, prefeito de Mauá prega união de forças com principal oposicionista

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
13/10/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


Após o PT amargar derrotas em todas as candidaturas lançadas pela sigla em Mauá, o prefeito Donisete Braga (PT) fala em reverter o cenário neste segundo turno reforçando a candidatura de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) com auxílio de sua principal opositora, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) e integrantes de partidos aliados em esfera nacional.

A ex-presidenciável Marina Silva (PSB), que ficou em terceira no primeiro turno, venceu a disputa em Mauá com 36,54% dos votos. Dilma ficou no segundo lugar, com 30,94%, seguida de Aécio Neves (PSDB), com 27,19%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a cravar vitória dos correligionários no município que chamou de o “mais petista” da região.

Donisete quer intensificar a politização do debate e expor a importância da reeleição de Dilma para a cidade, que tem série de investimentos do governo federal programados, principalmente para as áreas de Mobilidade e Saúde. “Isso (derrota) ocorreu em todo o Estado, não foi só em Mauá. A Marina não tinha uma faixa na cidade”, despistou, reiterando a necessidade da ajuda de aliados.

“A Vanessa Damo, que é do mesmo partido do vice-presidente Michel Temer também pode participar desse processo. Já conversei com o (deputado estadual eleito) Atila Jacomussi (PCdoB) e com o (pai dele, o vereador) Admir e outros vereadores. Todos os partidos da base da presidente devem contribuir com a campanha neste segundo turno”, argumentou Donisete.

Apesar da proximidade partidária, Vanessa e Donisete são políticos antagônicos. Ela representa o clã da família Damo e ele o PT, grupos que vêm se alternando no comando do Executivo de Mauá. A eleição de 2012, por exemplo, polarizada pelos dois, foi uma das mais disputadas.

Ação por material apócrifo que ligava o petista ao assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (morto em 2002) é resquício do embate e rendeu multa à peemedebista, fator que complica o deferimento de sua candidatura. Vanessa obteve 80.684 votos no dia 5. Caso consiga aprovação da Justiça, estará reeleita.

“Quebrei todos os retrovisores. Tenho que ter discernimento e respeitar todas as opiniões, sejam elas as mais absurdas. Sempre procurei manter relação muito tranquila e estendi a mão a ela, mas ela optou pela oposição. Vivemos processo pesado em função da campanha de 2012. Mas que culpa eu tenho? Se a Justiça entender que tudo que foi feito merece punição, temos que respeitar a decisão e não transferir responsabilidade.”

O Paço apostou em dois projetos derrotados: reeleição do deputado federal Helcio Silva (PT) e na conquista de uma cadeira na Assembleia com Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT). O primeiro angariou 43.872 votos, sendo o mais votado em Mauá, com 21.320 sufrágios, já o segundo foi lembrado por 51.437 eleitores, desses, 17.963 foram mauaenses.

A disputa pelo Palácio dos Bandeirantes foi vencida pelo governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB) com 47,38% dos votos válidos na cidade, enquanto o petista Alexandre Padilha conquistou 25,42% e Paulo Skaf (PMDB) 24,39%. Senador pelo PT, Eduardo Suplicy viu sua reeleição perder preferência em relação a José Serra (PSDB). O tucano teve 47,06% dos votos válidos, enquanto o petista alcançou patamar de 45,04%. 




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