Empresariado propôs aumento com reposição pela inflação mais alta de 1,1%
Os trabalhadores do setor químico do Grande ABC terão assembleia na sexta-feira, dia 17, para decidir se aprovam ou não o reajuste proposto pela bancada patronal do segmento, que compreende a reposição pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos 12 meses terminados em 31 de outubro mais 1,1% de ganho real. A data-base da categoria é 1º de novembro.
Como o índice só será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início do mês que vem, não dá para saber quanto ficaria o aumento. Além disso, o empresariado propôs elevação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) em 9,41% para empresas com até 49 trabalhadores (que passaria a R$ 930) e alta de 10,75% para companhias acima de 50 empregados (o valor chegaria a R$ 1.030).
O Sindicato dos Químicos do ABC é favorável à aprovação da proposta. O presidente da entidade, Raimundo Suzart, ficou satisfeito com a negociação, segundo ele, por causa do cenário de crise econômica e do saldo negativo (demissões superiores a admissões) de 1.100 vagas no setor na região só neste ano. “A proposta assegura aumento real, consideramos razoável”, disse. A categoria reúne hoje, nos sete municípios, 40 mil trabalhadores, em 950 empresas.
METALÚRGICOS - Até ontem já havia chegado a 230 o número de empresas que aceitaram pagar o reajuste de 8% (INPC de 6,35% referente aos 12 meses até agosto mais 1,56% de ganho real) reivindicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dentro da campanha salarial da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo). A mobilização deve prosseguir na segunda-feira.
Após o fracasso nas conversas da federação com as bancadas patronais, as quais se recusaram a oferecer mais que a reposição da inflação, os sindicatos filiados passaram a pressionar as fabricantes para negociações individuais, por empresa. A avaliação, segundo o secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, é que a estratégia tem dado resultado, com muitas indústrias procurando a entidade para dialogar.
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