DGABC Pesquisas mostrava tendência de crescimento de Aécio e enfraquecimento de Marina
Diagnósticos apresentados nas sondagens eleitorais encomendadas pelo Diário ao DGABC Pesquisas foram confirmados pelas urnas no domingo. A tendência de crescimento do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e o enfraquecimento da candidatura do PSB, com Marina Silva, mostrado em levantamento publicado dia 3, se concretizou com o resultado da eleição. Antes terceiro colocado, o tucano abriu vantagem sobre a socialista e garantiu vaga no segundo turno, em que enfrenta a presidente Dilma Rousseff (PT).
Pesquisas do Diário, com dados coletados na primeira e segunda quinzenas de setembro, mostraram que Aécio cresceu de 17,7%, considerando votos válidos, para 25,5%. Marina já mostrava desidratação quando, no mesmo período, variou negativamente em 11 pontos percentuais, de 45,5% para 35,5%, levando-se em conta os sufrágios válidos.
Nas urnas, o tucano obteve 33,55%, enquanto a socialista chegou a 21,32%. A presidente, como mostrou o DGABC Pesquisas, tinha 34,2% das intenções de voto na região. Finalizou a primeira etapa do pleito com 41,59%.
“Era sabido que, de alguma forma, iríamos errar a proporção de votos do Aécio e da Marina, mas a tendência de ascensão de um e queda do outro foi detectada. Tínhamos dúvida sobre o tempo em que a curva iria se reverter. O Ibope e o Datafolha ainda não tinham pegado essa inversão. No domingo a coisa se inverteu completamente, dentro do esperado, das curvas ascendentes e descendentes”, explicou Leandro Campi Prearo, coordenador do Inpes (Instituto de Pesquisas) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e consultor do DGABC Pesquisas.
A diferença dos índices apontados pelos institutos de pesquisa e o resultado da eleição tem sido questionada pelos candidatos derrotados. “De forma geral, os institutos todos devem ser massacrados pela opinião pública, principalmente os maiores. Mas há de se levar em consideração a pontuação do erro e o cenário nacional muito dinâmico, ao contrário da eleição municipal”, justificou o consultor do DGABC Pesquisas.
ESTADO
O cenário apontado pelo DGABC Pesquisas na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes também foi afirmado nas urnas: tendência de crescimento de Alexandre Padilha (PT), estagnação de Paulo Skaf (PMDB) na segunda posição e estabilidade do governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB) na liderança.
Dados colhidos na primeira e segunda quinzenas de setembro mostraram que Padilha evoluiu de 15,4% para 18,9%, considerando votos válidos. O petista alcançou no total 18,22% dos sufrágios nas urnas.
Já Skaf se mantinha em torno dos 25% no levantamento regional e conquistou 21,53% do eleitorado. Alckmin surpreendeu na última semana de campanha e ampliou ainda mais a vantagem que já era folgada. O tucano, que chegou a 52% dos válidos na última amostra do DGABC Pesquisas, foi reeleito com 57,31% dos sufrágios.
“Foi bastante positivo para o DGABC Pesquisas, porque conseguiu, ao contrário de outros institutos, captar o crescimento do Padilha na disputa. Conseguimos captar o crescimento do Alckmin na reta final também”, complementou Prearo.
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