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Dança como profissão

A ansiedade dos bastidores, a emoção de subir no palco
e os aplausos da plateia fazem a alegria de todo bailarino

Por Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
28/04/2013 | 07:00
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A ansiedade dos bastidores, a emoção de subir no palco e os aplausos fazem a alegria de todo bailarino. Quando crescem, muitos descobrem que dançar é vocação. É o momento em que talento e sorte fazem a diferença em continuar ou não na área.

No balé desde os 7 anos, Bruna Athayde, 20, de Santo André, destacou-se no Seminário Internacional de Dança de Brasília e ganhou bolsa na Akademie des Tanzes em Mannheim, na Alemanha. Lá ela concluiu o curso de Bacharel e Mestrado em Artes da Dança. Hoje, faz parte da Cia. Landestheater Schleswig-Holstein, no mesmo país.

"Quando comecei a dançar variações de repertório e a participar de festivais, percebi de estar no palco é mágico. Então, decidi me dedicar ao máximo à minha profissão. Mas a decisão não depende só da gente. A família tem que querer ser bailarina junto. O apoio é essencial para conseguir seguir carreira", acredita Bruna.

A bailarina trabalha (ensaia) todo dia e se apresenta aos fins de semana. Para ela, a profissão é mais reconhecida fora do Brasil. "Aqui temos todos os direitos, inclusive aposentadoria. Além disso, os teatros estão sempre cheios. É pena que no Brasil ainda não tenha essa cultura." Quando ficar mais velha, Bruna quer ser professora e coreógrafa. "Assim poderei passar minha experiência e conhecimento aos futuros talentos."

FACULDADE É OPÇÃO

Para conseguir lugar no mercado de trabalho, quem dança está correndo atrás de mais formação. "Nunca tinha pensado em trabalhar com isso, mas quando comecei vi que realmente gostava. Optei pela faculdade de Educação Física para aumentar o leque de opções. As aulas me ajudaram muito", conta Ana Carolina Nogueira, 22, de Santo André, que é professora de ginástica e instrutora de zumba. "Hoje o profissional da dança já está mais reconhecido, mas é preciso muito esforço."

As faculdades de Dança também estão sendo cada vez mais procuradas no Brasil. Entre 2002 e 2012, as graduações na área passaram de dez para 30. "No curso não são abordados apenas os aspectos mecânicos do movimento, mas também pesquisa e técnica. O aluno sai gabaritado para trabalhar com processo de criação e produção", explica Valéria Cano Bravi, coordenadora do curso de Dança da Universidade Anhembi Morumbi.

Você sabia? Nesta segunda-feira (29) é comemorado o Dia Mundial da Dança, criação do Comitê Internacional da Dança e Unesco. A data é o nascimento do bailarino francês Jean-Georges Noverre.




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