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Vereador denuncia falha na Saúde
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
28/05/2010 | 07:48
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Um dia depois da audiência pública de prestação de contas da Saúde de Diadema referente ao primeiro trimestre, uma falha na distribuição de medicamentos controlados foi denunciada pelo vereador Lauro Michels (PSDB). Mais uma vez e em ano eleitoral, a Câmara se transformou em palante político.

Após o conselheiro popular de Saúde Jaudemo Cesário da Silva, o Dema, ter denunciado o problema nos bastidores da Casa, Lauro utilizou a tribuna para relatar o fato. "A Prefeitura está enviando para a casa das pessoas sacos lacrados sem os remédios. Isso é gravíssimo e tem de ser apurado", afirmou, enquanto mostrava as socolinhas plásticas vazias e etiquetadas com o nome e o endereço dos usuários.

Após apresentar a denúncia, o tucano, que não participou da audiência pública, aproveitou para fazer o seu palanque em defesa dos investimentos do governo do Estado para a Pasta - no dia anterior, dois vereadores petistas fizeram exatamente o contrário.

Naquele momento não se discutia mais a denúncia apresentada, mas sim ataques e defesas entre tucanos e petistas da Casa.

Com os ânimos exaltados, até mesmo por parte do secretário de Assuntos Jurídico-Legislativos em defesa da administração, muitos vereadores sequer ouviram o líder do Governo, Orlando Vitoriano (PT), que justificava o problema apontado. "Houve um erro admitido", afirmou o petista, mas poucos prestaram atenção. Por pouco não houve discussão mais acalorada entre o conselheiro popular e o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT).

No corredor, Orlando, que ligou no plenário para a secretária em exercício, a assistente social Marilda Moreira da Silva, admitiu que houve "falha de funcionária" no armazenamento dos medicamentos, ocorrido na central de distribuição. "O problema foi pontual e já está sanado", afirmou, como porta-voz do governo.

Jornalistas e vereadores tiveram acesso às sacolinhas com a logomarca da Prefeitura. Algumas estavam lacradas e traziam lembrete para o usuário: "Falta Sinvastatina 20 mg".

I.N.N, filha de paciente de 73 anos do Jardim das Nações, contou que agente de Saúde esteve no início do mês em sua casa. "Me trouxeram a sacolinha vazia e explicaram que os remédios para pressão alta, diabetes e colesterol estavam em falta. Que era para comprar na Farmácia Popular."

Por nota, a Prefeitura não respondeu sobre o problema das sacolinhas sem medicamentos. Apenas afirmou que houve alteração no modo de distribuição da Sinvastatina, admitiu desabastecimento no início do ano, mas disse que o problema foi sanado.




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