O Santos pega o Botafogo hoje à noite, em Ribeirão Preto (21h), embalado pela possibilidade de ser o primeiro time a garantir matematicamente um das vagas nas semifinais do Paulistão.

Para assegurar a passagem sem ajuda de outros, basta ao time da Vila Belmiro (líder isolado, com 35 pontos) uma vitória. Mas o fato pode se concretizar até mesmo com empate. Neste caso, o Peixe precisa torcer para que Portuguesa (quinta colocada, 25) e Grêmio Prudente (sétima, 25) não vençam seus jogos, contra Mirassol e Mogi Mirim, respectivamente.

O técnico Dorival Júnior confirmou ontem os desfalques de Robinho e Neymar. O Rei das Pedaladas segue vetado com inflamação na coxa esquerda. Neymar foi julgado segunda-feira e pegou mais um jogo de suspensão pela expulsão contra o Palmeiras. O advogado do Peixe, João Vicente Gazolla, cogitava pedir efeito suspensivo para o garoto, mas desistiu.

Quem também fica fora é o polivalente Wesley, aproveitado atualmente na lateral-direita. Ele foi expulso domingo, contra o Ituano, e cumpre suspensão automática. O treinador ainda não divulgou quem entra no lugar. Maranhão estaria confirmado, mas sentiu dores musculares durante os treinamentos da semana e a presença ainda não está garantida. Caso não possa jogar, George Lucas ou o volante Roberto Brum (improvisado) são os candidatos diretos para a posição.

Com as duas ausências, Dorival mantém o esquema dos últimos jogos, com dois meias (Marquinhos e Paulo Henrique Ganso). Na frente, Madson substitui Neymar e forma dupla com André.

BOTAFOGO - Após cumprir suspensão, o volante Rodrigo Pontes voltou a treinar com bola nesta semana e foi confirmado na equipe. Ao lado de Pontes, Jonas também tem retorno assegurado na lateral direita. Quem deve ficar ao menos no banco de reservas é o atacante Malaquias que está de fora do time há cinco rodadas, desde a expulsão em Mirassol.

Dorival Júnior não teme perder ‘estrelas'

O técnico Dorival Júnior, do Santos, não se mostra preocupado com o assédio de clubes estrangeiros sobre seus principais jogadores.

Na terça-feira, o gerente de futebol do clube, Paulo Jamelli, admitiu que a garotada está chamando muita atenção de empresários. Representantes de clubes franceses (Lille, Paris Saint Germain e Olympique de Marselha) assistiram ao treino do Peixe.

No entanto, Dorival afirma ter da diretoria a garantia de que o clube não venderá jogadores neste ano. O técnico disse que o pensamento é reforçar o elenco e não o contrário.

"Não estou preparado para perder jogadores porque o que me foi passado é que montaríamos um grande time, que iríamos contratar e não vender. Até o momento, pelo que sei, não houve nenhuma mudança nesse plano", afirmou.

Jamelli endossa o que disse Dorival Júnior e disse que o Santos não ainda não recebeu nenhuma proposta oficial. No entanto, admite que se algum clube europeu se propuser a pagar as multas rescisórias, leva qualquer jogador. "Neste caso, o Santos não poderá fazer muita coisa, a não ser tentar convencer o jogador a não ir. O que não é fácil", destacou.

O problema é que a situação financeira do clube é delicada. Ontem, Reinaldo Marino, presidente da Comissão Fiscal do Conselho Deliberativo do Peixe, confirmou que a dívida supera os R$ 177 milhões. Deste total, R$ 42,8 milhões são devidos a bancos. É o tipo de dívida que exige negociação imediata, pois os juros são altos.

Para tentar sanar pelo menos parte deste problema, o Peixe teria de renegociar os termos da dívida. Se quiser solução imediata, poderá recorrer a venda de jogadores. (Das Agências)

Clube suspeita que Giovanni tenha contraído dengue

Giovanni reapareceu ontem cedo no Centro de Treinamento Rei Pelé. O meia ainda tem picos de febre, sente dores nas articulações e fez exames para saber se está com dengue ou apenas com gripe forte.

"Ele estava tão mal que não conseguiu jogar direito no amistoso nos Estados Unidos. A suspeita é de que ele pode estar com dengue", disse o técnico Dorival Júnior.

O técnico também deu poucas esperanças de escalar o goleiro Fábio Costa ainda na fase de classificação do Campeonato Paulista. "Vamos aguardar pelo seu desempenho em mais um amistoso, no fim do mês, para ver como o atleta está vivendo no momento. O que eu levo em conta é que Fábio Costa não parou por dez ou 15 dias, mas por quase nove meses", afirmou o treinador.

AROUCA - O volante disse ontem que a entrada de Rodrigo Mancha facilitou o seu trabalho à frente da defesa. "Antes eu tinha ajuda de Marquinhos e Paulo Henrique Ganso, que voltavam para marcar. Agora, eu e o Mancha ficamos mais atrás e os meias têm maior liberdade para atacar. Acredito que o time melhorou com a mudança", salientou o jogador, que trocou o Morumbi pela Vila Belmiro. (Da AE)