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Santo André está a um passo de aprovar polo

Prefeitura depende de lei de zoneamento para
receber recursos e implementar centro tecnológico

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
07/03/2010 | 07:00
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O parque tecnológico de Santo André está a um passo de ser aprovado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. O coordenador de ciência, tecnologia e inovação da Pasta, Pedro Bombonato, afirmou durante evento com empresários e universidades de Santo André que falta apenas a entrega de uma matrícula que comprove a área em que será construído o Centro de Desenvolvimento Tecnológico.

"O processo está em cima da mesa e já foi analisado. Se me entregarem hoje (sexta-feira, dia do evento), segunda-feira à noite está aprovado", afirmou. "Fico refém apenas de uma exigência da lei que faz parte do SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos). Mas esse tem sido um trabalho sistemático. Nos últimos oito meses tratei do assunto (com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Santo André) pelo menos uma ou duas vezes no mês. Quando não mais."

O entrave ao qual Bombonato se refere é a área em que se pretende construir o polo. Embora já se tenha decidido onde será implementado, em terreno de 1.200 m² na Avenida dos Estados, próximo a Mauá, onde a Funcef (Fundo de Pensão dos Funcionários da Caixa Econômica Federal) possui boa parte dos lotes, é necessário aprovar lei de zoneamento na Câmara dos Vereadores determinando que ali só poderá haver empreendimentos de base tecnológica.

É preciso ainda apresentar cartas de apoio dos proprietários das áreas afirmando que concordam com a iniciativa do parque e que estão disponíveis para futura negociação com empresários que decidirem se instalar no local.

De acordo com o secretário-adjunto do Desenvolvimento Econômico de Santo André, Charles Camargo, eles ainda estão conversando com os donos, mas a ideia é já nesta semana apresentar o projeto de lei aos vereadores.

O que pode dificultar o processo é o fato de alguns integrantes da Câmara defenderem que a área seja destinada à construção de moradias populares para o programa Minha Casa, Minha Vida. Prova disso é a postura do vereador Tiago Nogueira (PT-SP), que insinuou que o Diário estivesse servindo de "pano de fundo para propaganda do governo municipal" e que o polo tecnológico da cidade era farsa quando, em janeiro, foi publicada matéria afirmando que o projeto de Santo André estava em processo avançado e já tinha iniciado as negociações com o governo estadual.

Nogueira disse que o Plano Diretor do município prevê AEISs (Áreas Especiais de Interesses Sociais) para a construção de moradias populares e que não há espaço para colocar as 60 mil pessoas inscritas no Minha Casa, Minha Vida.

Para o secretário-adjunto, é mais importante investir em projeto que traga empresas de fora, estimule o crescimento das que já estão instaladas em Santo André e gere empregos do que destinar essas áreas a moradias populares. "Não queremos assistencialismo, queremos dar condições às pessoas de comprarem suas próprias casas sem subsídio do governo."

O vereador contou que imaginava que o parque fosse instalado no terreno da Pirelli, mas Camargo afirmou que a área não integra o local pretendido para o polo tecnológico.

RECURSOS - Quanto aos recursos pleiteados, de R$ 1,250 milhão, Bombonato disse que a verba só será definida quando o projeto for aprovado. O coordenador, entretanto, não descartou a possibilidade de o este valor.

Em relação ao Polo Tecnológico do Grande ABC, Bombonato revelou que o processo segue no mesmo estágio e que a secretaria está aguardando documento que comprove área mínima de 200 mil m² para analisar a proposta. A equipe do Consórcio Intermunicipal da região pleiteia R$ 700 mil para o desenvolvimento do projeto.




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