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Preconceito ainda é uma barreira a ser vencida
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
18/10/2009 | 07:04
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Apesar de estarem conquistando cada vez mais espaço na polícia, as mulheres ainda sofrem preconceito. Mas, segundo elas, isso vem diminuindo e, para quem já está na ativa há muito tempo, o respeito já é realidade. "Como é um universo masculino, você sempre tem que provar a sua competência. No início, os outros policiais te testam. Depois, acabam reconhecendo a sua capacidade e te respeitam. Mas não perdem a mania de te proteger e até de paparicar", brinca Irani. Mas ela completa: "Fazemos parte de uma geração que brigou para ter seu espaço."

‘POLICIAIS DE VERDADE' - A assistente da Seccional conta que o maior preconceito vem de pessoas de fora da polícia. "Uma vez, estávamos eu, uma investigadora e uma escrivã na delegacia e entrou um homem perguntando onde estavam os policiais. Ele dizia ‘os policiais de verdade'", lembra Irani.

Liane Fernandes Vitiello, delegada da Homicídios, conta que não demorou muito para sentir o preconceito na polícia. "No primeiro dia de trabalho, meu parceiro olhou para mim e disse: ‘Vou trabalhar com isso aí?'. Ele estava se referindo ao meu porte físico."

RESPEITO DE TODOS - Depois de 21 anos, Liane diz que tudo mudou e que conta com o respeito de todos, até dos homens mais experientes da polícia. "Faço o que gosto e quando isso acontece o trabalho flui muito bem. Mas têm vezes que é frustrante. Por exemplo, quando não conseguimos encontrar o autor do crime ou, ainda, quando não há provas suficientes para indiciar quem cometeu o delito."

A delegada revela, ainda, que, muitas vezes, presos se impressionaram por serem vencidos por ela. "Cansei de ouvir: ‘não acredito que fui preso por uma mulher'", diverte-se.

 




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