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São Paulo
Para Serra, impacto da crise deveria ser menor
11/04/2009 | 07:03
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"O Brasil tinha condições para sofrer impacto muito menor em relação à crise do que sofreu. E sofreu por causa da política monetária absolutamente errada que se desenvolveu ao longo deste período", afirmou o governador de São Paulo, José Serra, em palestra em Nova York. De acordo com o tucano, a política de juros, "em vez de colocar diques, barreiras à crise, colocou ventiladores".

Em evento em tributo à ex-primeira-dama Ruth Cardoso, o pré-candidato do PSDB adotou tom de campanha disparando críticas contra a administração federal atual, fazendo até mesmo com que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se manifestasse em favor de seu sucessor na Presidência, mesmo que a defesa não fosse durar mais que alguns minutos. "Uma palavra na defesa do presidente Lula", disse FHC, depois da resposta dada pelo governador de São Paulo sobre a política anticíclica da administração Lula.

Serra destacou que "o governo federal tem já há alguns anos, e agora também, enfatizado não aumento dos investimentos, mas o aumento dos gastos correntes. Há uma explosão de gastos correntes para agora e a maior parte para o próximo governo. Está fazendo uma política anticíclica com o dinheiro do próximo governo", disparou o tucano.

FHC pediu a palavra depois da fala do governador de São Paulo a título de defesa, como havia mencionado, para ilustrar os motivos que alimentam as taxas de aprovação do governo Lula. "É fato que, nos últimos anos, a taxa de crescimento foi incomparavelmente mais alta do que no meu período (mandato)", reconheceu.

De acordo com o ex-presidente, há "razões muito objetivas" na explicação relacionada à popularidade do governo atual. E então, FHC alfinetou: "Além disso, o presidente Lula é muito bom em campanha, e, desde que foi eleito, continua fazendo campanha", afirmou, arrancando risadas da plateia composta majoritariamente por acadêmicos. "Não estou criticando, estou apenas justificando. Ele é capaz de falar de forma muito clara e mesmo quando ele explica em (termos) errados é bem recebido", continuou.

Após a apresentação, disse a jornalistas que a trajetória do crescimento econômico é "um assunto que me preocupa muito, porque tem a ver com emprego e com arrecadação de impostos, o que é muito importante para o Estado, para manter investimentos em infraestrutura e na área social".




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