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Janeiro a Outubro
Agência de fomento empresta R$ 9,2 mi

Montante é 21% maior do que o liberado na região no ano passado

Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
11/12/2011 | 07:05
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Os micro e pequenos empresários do Grande ABC tomaram emprestado R$ 9,2 milhões de janeiro a outubro, 21% a mais do que no mesmo período em 2010. Em número de contratos, foram fechados, neste ano, quatro a mais, com 22 ao todo.

Os desembolsos foram realizados pela Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento, entidade do governo estadual que dispõe para financiamento R$ 1 bilhão de capital próprio e R$ 8 bilhões de repasses de entidades parceiras, como o BNDES, totalizando R$ 9 bilhões.

"Embora tenhamos emprestado volume maior de recursos para o Grande ABC, o potencial para obtenção de crédito da região é muito maior. Porém, ainda falta divulgação", analisa o presidente da agência, Milton Luiz de Melo Santos.

Para ele, a maior dificuldade está no fato de os empresários não entenderem que a agência é um banco de desenvolvimento. "Por isso é natural que ele procure o gerente dele do banco comercial que tem conta, que já conhece (e que, inclusive, intermedia a obtenção de crédito do BNDES). Nosso objetivo, porém, é dotar a empresa de competitividade, oferecendo recursos para que ela adquira equipamentos mais modernos, por exemplo."

Desde que a agência foi inaugurada, em março de 2009, empresários da região já emprestaram R$ 23 milhões, em 84 operações, sendo 94% delas realizadas pelo setor da indústria, 5% do comércio e 1% de serviços. Isso representa 5,4% do total financiado no Estado de São Paulo desde então, R$ 427,6 milhões. Ao todo, foram fechados 1.807 contratos. Pouco mais de 70% foram para a indústria, 13% para serviços e 12% para comércio.

QUEM PODE - Os recursos a serem emprestados estão disponíveis para a aquisição de máquinas e equipamentos, projetos de investimento, ampliação e modernização e capital de giro. Os prazos para amortização são de até dez anos e os juros cobrados são de 8% ao ano mais IPC (em torno de 6%), o que dá 14% ao ano, ou 1,20% ao mês.

Podem solicitar esses financiamentos empresas que faturem de R$ 240 mil a R$ 100 milhões anuais, e que não tenham nome sujo - mesmo a restrição na Serasa já serve de impedimento para a tomada do crédito. Só conseguem pleitear o empréstimo quem não tiver dívidas em bancos, títulos protestados ou tributos em atraso. Além disso, as companhias de pequeno e médio porte devem ter até 30% no máximo de risco.

Estimativas do Sebrae-SP apontam que existe cerca de 5.000 empreendimentos desses portes na região. No Estado, há em torno de 36 mil.

O contato é realizado por entidades de classe, associações ou sindicatos e, na região, por meio da Agência de Desenvolvimento.

Entidade dispõe de linha própria para petróleo e gás

A linha de financiamento para projetos na área de petróleo e gás foi criada recentemente com o intuito de dar suporte a empresas que vão atuar também nesse filão. E o maior diferencial é que, se o empreendedor precisar de recursos para desenvolver nova linha de produção, o que inclui tanto a construção ou reforma de espaço, quanto a aquisição de mobiliário, e também for adquirir máquinas e equipamentos, o prazo de financiamento chega a 10 anos.

Nas linhas tradicionais, se o empresário tomar o crédito só para o maquinário, o período máximo de financiamento é de cinco anos.

CAPITAL DE GIRO - Os empréstimos para capital de giro possuem o mesmo prazo, de dois anos. "Se o crédito for tomado em um banco comercial, o prazo para amortização fica entre seis e nove meses", defende o presidente da Agência de Fomento Paulista, Milton Luiz de Melo Santos. "Além disso, nossa taxa é um terço da cobrada por eles (bancos comerciais), em torno de 12% ao ano", conclui o executivo.

 

 




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