O presidente do Fed, Ben Bernanke, jogou seu peso em defesa de um segundo pacote de estímulo fiscal do governo dos Estados Unidos para limitar o risco de uma desaceleração prolongada, revertendo sua posição de três meses atrás. "Com a economia provavelmente fraca por vários trimestres e com algum risco de uma desaceleração prolongada, a consideração de um pacote fiscal pelo Congresso neste momento parece adequada", disse Bernanke em texto preparado para o Comitê de Orçamento da Câmara dos EUA.
Bernanke sugeriu muitas condições, no entanto. Qualquer estímulo deve ser "bem direcionado a um alvo" e focar em formas de "ajudar a melhorar o acesso ao crédito pelos consumidores, proprietários de residências, empresas e outros tomadores de crédito".
Segundo Bernanke, "qualquer programa deve ser projetado, na medida do possível, para limitar os efeitos de longo prazo sobre o déficit estrutural do orçamento do governo federal".
Os congressistas democratas estão avaliando um pacote de estímulo voltado para gastos com infra-estrutura, ajuda aos Estados, auxílio alimentação e desemprego.
A Casa Branca até agora reagiu friamente às propostas democratas. Os recentes dados constatados apontaram um aumento nas chances de uma recessão econômica, ao mesmo tempo em que as preocupações com a inflação diminuíram.
Os preços ao consumidor ficaram estáveis em setembro, segundo os dados do governo divulgados na quinta-feira. Foi o segundo mês seguido em que os preços não subiram.
Bernanke disse hoje que espera que a inflação se modere rumo "a níveis consistentes com a estabilidade de preços".
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