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Domingo, 28 de Abril de 2024

Aventura global
28/03/2008 | 07:00
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Muitos críticos andam reclamando que Jumper se movimenta muito para ir a lugar nenhum. É correto em termos. O novo filme de Doug Liman nasce, obviamente, com a vocação de virar série. Se vai, efetivamente, virar, é outra história.

 Se fosse uma série de TV, talvez se pudesse dizer que o filme que estréia hoje no Grande ABC é um piloto. Você sabe o que é – o filme que expõe a situação geral, apresenta os personagens, arma um conflito (ou vários), mas realmente não soluciona nada (ou não é conclusivo) justamente porque a conclusão só virá ao fim dos vários episódios que servirão, inclusive, para testar o gosto do público.

 Liman é bom diretor de ação. Fez o primeiro Bourne – A Identidade – formatando a série que depois prosseguiu com direção de Paul Greengrass (A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne), transformando o personagem de Matt Damon na representação do moderno herói de ação. Liman dirigiu também Sr. e Sra. Smith, com o casal Brad Pitt e Angelina Jolie, conseguindo o prodígio de misturar Cenas de Um Casamento (o cult de Ingmar Bergman) com a narrativa eletrizante da série Duro de Matar (no caso, marido e mulher, duros de matar até entre si). O diretor não perdeu o rumo em Jumper – poderá perder no 2, no 3, no 4 (se houver).

 Na trama, garoto descobre que possui a habilidade de teletransportar-se. Adulto, ele é interpretado por Hayden Christensen – da série Star Wars, o próprio Darth Vader –, que faz outra descoberta. Jumpers são caçados por paladinos, e o mais esperto deles é Samuel L. Jackson. Existe também uma trama familiar, um conflito edipiano que envolve Diane Lane. Jumper é uma aposta. Os dados estão lançados. Agora, é esperar para ver.

Por que falar de teletransporte?

DOUG LIMAN – O teletransporte não é nada especial, muitos super-heróis já fazem isso. Mas tudo fica interessante quando a próxima coisa que David Rice (Hayden Christensen) faz é roubar um banco. É isso que me faz gostar dele, vê-lo ficar inclusive mais mau-caráter.

É um filme de anti-herói?

LIMAN – Não exatamente, embora as pessoas o estejam chamando assim. Ao longo do filme, as pessoas começam a se identificar com as razões de David e até entender que há justificativas nobres e honestas para se roubar um banco. Afinal, quem nunca quis roubar um banco? Duvido que alguém passou a vida inteira dizendo ‘eu nunca faria isso’

Você optou por filmar nas diversas locações do filme, em vez de usar efeitos especiais. Foi uma opção difícil de ser aceita pelos produtores?

LIMAN – Queria rodar em todas as locações que são vistas no filme e não fingir que filmei lá, porque não queria que meu filme parecesse um videogame. Rodamos em 11 países, como Japão, Itália, França, República Checa, Inglaterra.        



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