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Cenário
Indústria de máquinas
dá sinais de recuperação

Vendas de maquinas são indicativo de que os empresários
vão investir mais recursos para ampliação de suas fábricas

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/02/2013 | 07:21
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Há sinais de que pode haver retomada de investimentos das empresas neste ano. As vendas de maquinários, que são indicativo de que os empresários vão aportar mais recursos para ampliar suas fábricas, cresceram ligeiramente (0,2%) em janeiro na comparação com igual mês de 2011. O faturamento alcançado por esse segmento agora (R$ 5,79 bilhões) é o melhor resultado para o mês desde 2009.

Esse é um dos dados divulgados ontem pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), mas há outros que também apontam tendência de melhora no cenário do setor. O levantamento da entidade mostra ainda melhora no volume de pedidos em carteira por parte das fabricantes, que chegou a 13,8 semanas (prazo para o atendimento das encomendas) em janeiro, ante 12,95 em dezembro, o que significou aumento de 7%.

O leve aquecimento na demanda foi registrado pela Narita, de São Bernardo, que faz máquinas para envase e rotulagem de garrafas. O diretor, Alessandro Carlo Angeli, cita que, para sua empresa, o primeiro semestre de 2012 foi muito ruim, mas depois houve reação e, agora, sua expectativa é de continuidade da melhora nos pedidos. Apesar do otimismo, Angeli ressalta que tem feito a lição de casa para enfrentar a concorrência com os produtos chineses e de outros países. Por exemplo, concentrou a produção de unidades fabris que estavam espalhadas, em um mesmo local. "Com isso, diminuímos gastos com logística", afirma.

IMPORTADOS - Embora as vendas do segmento tenham melhorado ligeiramente, as importações cresceram mais (9,9%) em janeiro frente ao mesmo mês de 2011. E o consumo aparente (produção local, mais importação, menos exportações), que indica a demanda por máquinas e equipamentos no País, cresceu 16,34%.

A concorrência dificulta a vida das indústrias nacionais. Domingos Zampieri, diretor da DR Promaq, de Diadema, que faz maquinários para o processo de produção de autopeças e montadoras, cita que em sua área o mercado segue complicado. "As máquinas que vêm da China chegam com preço lá embaixo." Ele acrescenta que a alta carga tributária, custos elevados de mão de obra e o câmbio (o dólar baixo frente ao real) tornam complicada a competição com os produtos do Exterior.

 

 




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