O são-paulino que for ao Morumbi ver o confronto desta quarta-feira, quando o São Paulo recebe o Nacional, às 21h50 (Globo), pode se preparar para emoções fortes. A previsão é do goleiro e capitão Rogério Ceni.

"O torcedor que for ao Morumbi vai sofrer. Vai ser duro, pode esperar", disse o capitão do Tricolor, que precisa de uma vitória simples para passar às quartas-de-final da Copa Libertadores e, assim, superar a campanha do ano passado, quando foi eliminado pelo Grêmio nas oitavas-de-final.

O empate sem gols, mesmo resultado do primeiro jogo, no Uruguai, leva o confronto para os pênaltis. Qualquer igualdade com gols classifica os uruguaios. "O Nacional tem uma equipe extremamente competitiva, que não se entrega", avalia Rogério.

Para o goleiro, uma possível vitória, dependendo das condições em que vier, poderá dar uma impressão de até aonde o time pode chegar. "Será uma boa prova. Se passarmos, teremos condições de almejar algo melhor."

O meia Jorge Wagner, com uma lesão no joelho direito, está fora. Hugo entra em seu lugar.

O São Paulo precisa atacar para assegurar o resultado positivo, mas sabe que se sofrer um gol pode complicar sua missão dentro de campo, já que, neste caso, terá de vencer a partida para seguir na competição sul-americana.

Do lado uruguaio, os jogadores prometem mesmo ficar de olho no regulamento. "Tentaremos fazer um gol e aumentar o nervosismo deles, mas temos de marcar forte, pois o empate sem gols nos dá a chance de decidir nos pênaltis", avisa o goleiro Viera.

Sportivo Luqueño acusa Tricolor de ‘dar incentivo'

O presidente do Sportivo Luqueño, Fernando Ramón Gonzáles, disse terça-feira que jogadores de sua equipe foram incentivados por pessoas ligadas ao São Paulo para vencerem o Audax Italiano, do Chile, no último dia 23. Mesmo eliminada, a equipe paraguaia goleou por 4 a 1, em Luque. O resultado favoreceu o São Paulo que, no mesmo dia, venceu o Atlético Nacional (Colômbia) por 1 a 0.

Segundo González, foi feita uma oferta de US$ 50 mil a seus jogadores. O brasileiro Charles da Silva, que joga no Sportivo, teria intermediado as negociações. "Não nos falaram nada. Nos demos conta no dia da partida, quando vimos que eles (jogadores) estavam felizes e com dólares nas mãos."

O São Paulo negou . "Não vejo como um time possa precisar de estímulo para vencer", disse o vice de Futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, que também negou o envolvimento de Charles da Silva. "Esse jogador saiu do São Paulo através da Justiça, então não teria como isso ocorrer."