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Alckmin busca vincular imagem de Padilha ao PT

Campanha tucana lembra que José Dirceu e
Genoino, presos, foram candidatos do partido

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/09/2014 | 07:50
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Marina Brandão/DGABC


O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que busca a reeleição ao Estado, utilizou ontem seu programa eleitoral de rádio para associar a imagem de seu adversário Alexandre Padilha ao PT e ao Mensalão. A campanha tucana focou quase dois minutos, dos quatro à disposição, para críticas a Padilha. Entre elas, ofensiva direta aos petistas que foram condenados à prisão no envolvimento no Mensalão.

Em um trecho, radialistas da campanha perguntam: “Vocês sabiam que dois dos últimos quatro candidatos que o PT apresentou para o governo de São Paulo estão presos?”. A menção lembra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-deputado federal José Genoino, ambos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por envolvimento em corrupção. Dirceu liderou a chapa petista ao governo paulista em 1994. Genoino, em 2002.

O caso do Mensalão é um dos pontos vulneráveis do petismo, que lidera lista de rejeição de legendas em território paulista. Esse panorama pode fazer com que a campanha à reeleição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em São Paulo, seja a pior da sigla nos últimos 20 anos. A petista tem atualmente 26% das intenções de voto. Em 1994, à época em sua segunda corrida presidencial da história, o PT, com o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, alcançou 22,84%.

O programa eleitoral de Alckmin também criou jingle, cujo refrão destaca “incompetência” de Padilha e do “PT”, em sugestão à ineficiência petista durante período à frente do Ministério da Saúde – ele exerceu a função na gestão Dilma até março. “Deixou a Saúde doente, deixou ela toda quebrada. Santa incompetência Padilha. Santa incompetência PT”, cita a música.

Em outro trecho, os narradores tucanos apresentam números que questionam a atuação do petismo no governo federal. O PSDB mencionou que os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) foram esquecidos pelo ex-ministro da Saúde, enfatizando que toda a Pasta se tornou um “caos” e que “8.000 leitos foram fechados durante sua gestão”.

Essa foi a primeira vez que a propaganda de Alckmin entoou discurso crítico ao petista. Até então, o alvo havia sido o postulante ao governo do PMDB, Paulo Skaf.

O marketing do tucanato tem utilizado a rádio para as ofensivas diretas aos seus rivais. Em atividades de rua ou pronunciamentos, Alckmin evita ataques aos adversários.

Governador promete Rio Tietê despoluído em até cinco anos

Chefe do Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu que até 2019 ocorrerá a despoluição total do Rio Tietê e de outros rios da Grande São Paulo. A promessa foi ontem, durante visita à ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, no Interior.

O governador enfatizou a intensificação do trabalho de tratamento do esgoto. “Nos últimos quatro anos, conseguimos reduzir a mancha de poluição do Rio Tietê em 173 quilômetros, tornando-o rio com vida e melhorando seu nível. Vamos perseverar nestas ações para que em cinco anos sua despoluição seja total. Atingindo esta capacitação, São Paulo passará ser o primeiro Estado do País a ter 100% de coleta e tratamento de esgoto”, considerou.

Alckmin exemplificou o Rio Jundiaí, que recentemente foi classificado como limpo em sua extensão, como êxito da atuação. Em ato simbólico, o governador soltou filhotes de peixes na água. “Essa estação de tratamento (de Várzea Paulista) é um exemplo. E como essas, foram feitas 44 estações de tratamento de esgoto, limpando os nossos rios, melhorando a qualidade da água e possibilitando, inclusive, a captação da água daqui mesmo para abastecimento humano”, salientou.
De acordo com o tucano, o serviço de despoluição será executado em etapas, proporcionando limpeza total dos rios do Interior no ano que vem. Para o Litoral, a projeção é para 2016.

DESPRESTÍGIO
Questionado sobre a proposta do rival Paulo Skaf (PMDB) em aumentar de parcelamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), Alckmin lembrou que a promessa precisa ser tratada com prefeitos antes de ser levada à mídia. “IPVA não é só do Estado. Metade do dinheiro do IPVA é das prefeituras. Avaliar é sempre bom.”

Atualmente, o imposto pode ser parcelado em até três vezes. Cerca de 80% do total arrecadado pelo Estado é repassado às prefeituras. Skaf quer elevar para dez o número de parcelas.

A Assembleia Legislativa já aprovou esse projeto no ano passado, com mesma redação, mas o texto foi vetado por Alckmin, sob alegação de repasse aos municípios.




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