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Internacional
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Fim de embate
Afegãos assinam acordo de divisão de poder
21/09/2014 | 09:10
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Dois candidatos a presidência no Afeganistão assinaram um acordo de divisão de poderes neste domingo que faz com que um seja presidente e o outro o chefe executivo. O acordo coloca um fim em meses de embates políticos que se seguiram depois de uma eleição disputada e que colocou o país sob o risco de mergulhar em tumultos, além de ter ameaçado a saída de tropas estrangeiras.

O novo presidente, Ashraf Ghani Ahmadzai, e o novo chefe executivo, Abdullah Abdullah, assinaram um acordo de unidade nacional sob os olhares de Hamid Karzai, no poder desde que a invasão comandada pelos Estados Unidos retirou o Taleban em 2001. O acordo cria o novo cargo de chefe executivo após semanas de negociações e depois de acusações de fraude nas eleições de junho.

"Estou muito feliz hoje que dois dos meus irmãos chegaram a um acordo para beneficiar esse país, para o progresso e o desenvolvimento, e feliz que eles concordaram com uma estrutura afirmando o novo governo do Afeganistão", disse Karzai depois das assinaturas.

O acordo é uma vitória do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que foi quem primeiro conseguiu que os candidatos concordassem com a ideia de divisão de poderes após uma visita ao país em julho. Kerry retornou a Cabul em agosto e passou horas com os candidatos, incluindo por telefone, na tentativa de selar o acordo.

Um comunicado da Casa Branca exaltou os dois líderes, dizendo que a decisão ajuda a colocar um final na crise política afegã. "Esse acordo marca uma importante oportunidade para unidade e crescente estabilidade no Afeganistão", diz o texto. "Continuamos a convocar todos os afegãos, incluindo líderes políticos, religiosos e da sociedade civil, para apoiar esse acordo e se unirem em torno da cooperação e da calma", completa o comunicado.

O contrato de quatro páginas assinado pelos candidatos afegãos diz que o relacionamento entre o presidente e o chefe executivo - um cargo parecido com o de um primeiro ministro - deve ser definido com "parceria, colegialidade, colaboração e, o mais importante, responsabilidade pelo povo do Afeganistão".

O documento define os poderes do novo chefe executivo: participar com o presidente de encontros bilaterais, lidar com assuntos administrativos e executivos conforme decreto presidencial, além de atuar na escolha de ministros importantes das áreas da segurança e economia. Segundo o acordo, o presidente lidera o gabinete, mas o chefe executivo gere a implementação de políticas de governo. O chefe executivo também comandará reuniões com um conselho de ministros.

Uma cerimônia de posse para que Ghani Ahmadzai substitua Karzai como presidente e para oficializar Abdullah como chefe executivo é esperada para os próximos dias. O porta-voz de Abdullah, Fazel Sancharaki, disse que o evento poderia acontecer no dia 29 de setembro. A comissão eleitoral afirmou que publicaria a contagem oficial de votos das eleições mais tarde neste domingo. Fonte: Associated Press.




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