Pacote ponderado de 34 produtos, apurado pela Craisa,
ficou 3,74% mais caro neste mês e pulou para R$ 432,54
A cesta básica da região ficou 3,74% mais cara neste mês em relação a dezembro. Apesar de o percentual aparentar ser baixo, a diferença em valor atingiu R$ 15,59. O pacote ponderado de 34 produtos, apurado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), passou de R$ 416,95 para R$ 432,54.
Por outro lado, nesta semana o preço total da cesta caiu 0,44%, ou R$ 1,91. Na semana passada, o grupo de produtos custava R$ 432,96 e diminuiu para R$ 431,05.
INFLUÊNCIAS - Na comparação mensal, o quilo da batata foi o que mais encareceu em relação à média de dezembro. O preço do farináceo expandiu 43,35%.
A salada também ficou bem mais salgada para a dona de casa. Segundo o levantamento da Craisa, a cebola encareceu 24,30%, o preço do tomate subiu 26% e da alface, 21,71%.
O engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, que é um dos responsáveis pela pesquisa, explicou que os quatro alimentos têm seus valores elevados como resultado de mudanças climáticas muito drásticas, o que proporciona um choque de oferta.
"A produção desses hortifrúti foi prejudicada, de modo geral, por causa do clima chuvoso, que tem aumentado a umidade e reduzido a oferta, o que faz o preço subir", explicou Benedetto.
Outro produto básico nas despesas mensais das famílias que acompanhou essa esteira, de queda na produção por problemas climáticos, foi o feijão-carioca.
Segundo o levantamento da Craisa, o pacote de um quilo do grão ficou 12,5% mais caro neste mês em comparação com dezembro.
CONTRA A ENCHENTE - Benedetto, porém, destacou um caso ímpar no meio dos produtos in natura listados na pesquisa. O quilo da banana, normalmente influenciada pelos problemas climáticos, ficou 7,66% mais barato em janeiro sobre o último mês de 2012.
"E isso aconteceu mesmo após várias enchentes atingirem a região produtora responsável por grande parte do abastecimento do Grande ABC, o Vale do Ribeira", contextualizou o engenheiro agrônomo.
Ele explicou que o valor da banana diminuiu porque o impacto de demanda foi muito maior do que o de oferta. Isso significa que quem comprava parou de comprar e isso fez com que o preço caísse, mesmo com a oferta reduzida.
"Os governos municipal e estadual compram muita banana para a merenda de escolas. E, como estamos em período de férias, essa compra não ocorreu. Os produtores venderam muitas menos", explicou Benedetto.
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