A campanha do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, usou métodos nem um pouco democráticos para divulgar a chapa do petista, no início da tarde de ontem, na fábrica de vidros Wheaton, no bairro Assunção, em São Bernardo. O objetivo era fazer panfletagem na porta da empresa, em mais uma atividade corriqueira para tentar reverter o atual quadro negativo mostrado nas pesquisas eleitorais, no qual Padilha está em terceiro lugar, longe dos primeiros colocados Geraldo Alckmin (PSDB), que venceria no primeiro turno em todas as sondagens, e Paulo Skaf (PMDB), que tem em média 20% da preferência do eleitorado. Na ânsia de promover o candidato, petistas se juntaram a sindicalistas. Queriam entrar na fábrica. Seguranças impediram a passagem deles pelo portão principal. Persistentes, forçaram a entrada e iniciou-se um princípio de tumulto, que quase culminou nas vias de fato. O candidato observou tudo a distância, em cima do carro de som. Já havia feito campanha lá dentro minutos antes, na companhia de alguns poucos companheiros. Com a fábrica praticamente tomada pelos militantes com bandeiras, camisetas e santinhos nas mãos, a atividade transcorreu de maneira tensa. Ninguém saiu ferido. Mas essa, certamente, não é a melhor maneira de se fazer campanha.

Novela
Depois de muito brigar com diretores, o presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), venceu a queda de braço e publicou na semana passada edital para contratação de empresa que prestará concurso público na Casa. Diretores queriam admissão direta de companhia renomada, mas o petista bateu e o pé e bancou licitação.

Recordar é viver
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), relembrou tempos de candidato à Prefeitura e subiu no caminhão de som nesta semana. Passou pelos bairros Jardim Campanário, Canhema, Eldorado, Jardim Inamar e Centro para pedir votos ao postulante a deputado federal do PV de Diadema, Márcio da Farmácia. A estratégia é minimizar o impacto do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) na campanha de Mário Reali (PT), também candidato a federal.

Luto
Ex-presidente da subsecção de Mauá da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Carlos Ortiz morreu ontem. O velório foi realizado ontem à tarde e o enterro está marcado para hoje, às 9h, no Cemitério da Vila Alpina, em São Paulo. Ortiz comandou a entidade quando a Câmara de Mauá decidiu aumentar o número de cadeiras de vereador, e foi contrário à medida aprovada.