Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sábado, 27 de Abril de 2024

Economia
>
Indústria da defesa
Omnisys dá suporte aos radares do País

Empresa da região renova contrato de manutenção de equipamentos do espaço aéreo

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
01/09/2014 | 07:27
Compartilhar notícia
Orlando Filho/DGABC


Conhecido por ser um dos principais polos automotivos do País, o Grande ABC começa a estabelecer bases para ganhar, cada vez mais, relevância nacional também na área da indústria da defesa. Neste segmento, uma das empresas da região que é referência nacional é a Omnisys, de São Bernardo, que acaba de renovar o contrato para manutenção e suporte técnico dos equipamentos instalados no parque de radares do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro).

Segundo o diretor geral da companhia, Luiz Henriques, a renovação com o Decea é importante sob vários aspectos. “Além de ratificar a confiança no trabalho da Omnisys, dá continuidade à atividade de serviços (que, de forma geral, incluindo outras operações, representa 20% da receita da empresa)”, disse.

O executivo destaca que, além de dar manutenção ao radar LP23SST (ou Banda L), feito em São Bernardo e que tem 400 km de alcance, o contrato se destina a dar suporte a equipamentos fornecidos pelo grupo francês Thales (controlador da Omnisys), como os de aproximação de aviões e que estão presentes nos principais aeroportos nacionais, entre eles, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Galeão e Santos Dumont. Esse serviço de suporte, segundo ele, é possível graças à transferência de tecnologia que a companhia francesa implantou, fruto de programas da Aeronáutica, e que envolveu treinamento da equipe de técnicos da subsidiária brasileira, e o recebimento de conjunto de meios de controle de qualidade, além da realização de ampla capacitação da empresa. O primeiro contrato de suporte com a Decea foi assinado, originalmente, com a Thales, em 2007, e depois foi assumido pela Omnisys, em 2012.

Luiz Henriques destaca que a companhia tem a expectativa de participar do SGDC (Sistema Geostacionário de Defesa e Comunicações) – contrato orçado em R$ 1,3 bilhão entre a Visiona (parceria entre Embraer e Telebras) e a Thales Alenia Space, que vai fornecer o satélite para garantir a segurança das comunicações das Forças Armadas e ampliar o acesso à banda larga no País.

Nesse programa está previsto o recebimento de tecnologia por indústrias nacionais, que envolve outros recursos que não os que estão locados no SGDC, diz o executivo. Segundo Henriques, a AEB (Agência Espacial Brasileira) é que decidirá quem será beneficiado. “Estive com o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho, há cerca de um mês, e ele confirmou que a Omnisys faz parte das que estão incluídas no rol das que devem ser contempladas”, disse.

A expectativa da empresa da região, que hoje conta com 200 funcionários, é crescer 10% em relação ao faturamento do ano passado e chegar ao fim de 2014 com R$ 85 milhões. Considerando a dificuldade que o Brasil tem em relação ao seu crescimento econômico, o diretor considera que esse é um bom desempenho.

E há outros fatores que podem ajudar a impulsionar mais esses resultados. A Omnisys tem interesse em concorrer para fornecer radares para equipar o caça Gripen NG, que será fabricado no Brasil pela companhia sueca Saab e que vai equipar a Força Aérea Brasileira. Para isso, em São Bernardo, será construída a partir de 2015 fábrica de aeroestruturas dessa aeronave, por meio de parceria entre a Saab e a indústria Inbra, que tem sede em Mauá.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.