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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Política
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Sem surpresa
Para Alex, Atila estava em sintonia com PT
Bruno Coelho
do Diário do Grande ABC
05/01/2013 | 07:07
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Celso Luiz/DGABC


Sem encarar como surpresa, o deputado estadual e coordenador regional do PPS, Alex Manente, afirmou que a desfiliação do ex-prefeiturável ao Paço de Mauá Atila Jacomussi era esperada. Cauteloso, o popular-socialista evitou polemizar sobre as declarações do terceiro postulante mais votado na eleição municipal, mas afirmou que Atila estava em sintonia com os interesses do PT mauaense.

Uma semana após o desligamento de Atila do PPS, Alex tratou o episódio como desfecho previsível pela aproximação do ex-vereador com o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), durante o processo eleitoral. "Já imaginávamos isso, pois ele não mostrou sintonia com partido durante a eleição. Ele teve sintonia com PT e não com os interesses do PPS."

Ao sair do PPS, Atila criticou principalmente Alex e o secretário estadual de Gestão Pública e presidente paulista do PPS, Davi Zaia, os quais, segundo ele, não o apoiaram durante corrida ao Paço. O ex-vereador afirmou que integrantes do partido endossaram, desde o primeiro turno, para a candidatura de Vanessa Damo (PMDB), segunda colocada no pleito. Atila disse também que tentou falar com Alex antes de deixar a sigla, mas não obteve sucesso.

Questionado sobre as palavras de Atila, Alex tangenciou, evitando polêmicas com o ex-correligionário. "É uma avaliação difícil de fazer e não cometerei o mesmo erro de criticar como ele criticou", disse.

O racha ficou escancarado no segundo turno da eleição mauaense, quando Atila preferiu apoiar Donisete, contrariando determinação do PPS por adesão a Vanessa. Mesmo cortejado pelo grupo da peemedebista, o ex-vereador migrou para campanha petista, alegando que a deputada estadual não cumpriu acordos realizados anteriormente. Atila e Vanessa eram, até 2009, integrantes do PV.

Os interesses antagônicos entre Atila e PPS ficaram ainda mais evidentes com a participação decisiva do ex-prefeiturável na campanha do postulante petista. Esforço que posteriormente foi recompensado por Donisete na primeira leva de anúncio de seu primeiro escalão, quando o prefeito o designou para dirigir a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

 

AVALIAÇÃO

Alex avaliou como positiva a participação da chapa de vereadores do PPS na eleição de Mauá, mesmo a agremiação passando em branco na lista dos 23 vereadores que compõem a atual legislatura. "O partido cresceu na cidade. Em 2008, tivemos um candidato a vereador com mais de 2.700 votos. No ano passado, alcançamos uma votação de quase 10 mil votos", analisou.

O coordenador do PPS se refere ao ex-deputado federal Wagner Rubinelli - hoje no PT e eleito vereador em outubro. Há cinco anos, Rubinelli obteve 2.781 sufrágios, mas não se elegeu devido ao quociente eleitoral. Em 2012, a chapa de vereadores da legenda conquistou a adesão de 9.249 eleitores.

A chapa de parlamentares teve desempenho influenciado pela campanha de Atila ao Executivo. Apesar disso, dentro do grupo formado por 21 candidatos à vereança, somente o presidente municipal do PPS, Erismar Soares Clementino, o Mazinho, teve votação expressiva, com 2.472 sufrágios. Os demais postulantes não chegaram à marca de 1.000 sufrágios.

Desde 2004, quando elegeu o próprio Atila, o PPS não consegue uma cadeira na Câmara por meio das urnas. Em 2008, o ex-prefeiturável se elegeu parlamentar pelo PV e se transferiu de sigla durante o mandato.




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