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Domingo, 28 de Abril de 2024

Política
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Eleição Limpa
Justiça marca reunião para limitar cavaletes

Juíza eleitoral firma encontro com dirigentes partidários de Sto.André na ideia de selar acordo

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/08/2014 | 07:00
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Juíza da 156ª Zona Eleitoral de Santo André, Teresa Cristina Cabral dos Santos convocou presidentes de partidos da cidade para reunião em que será discutida eventual proibição de cavaletes de candidatos durante a campanha. A magistrada marcou o encontro para o dia 22, no salão do júri, quando os envolvidos debaterão lista de possibilidades no processo colocando a proposta de assinar pacto. O acordo prevê utilizar bom-senso na utilização de propaganda e não atrapalhar a rotina do município.

O despacho da Justiça Eleitoral foi expedido no dia 1º, julgando procedentes ações impetradas que visam eleição limpa em solo andreense. A deliberação também deve abranger regras sobre o uso exagerado de carros de som. No pleito de 2012, os concorrentes firmaram acerto semelhante após audiência no fórum, o que não foi seguido à risca na época. O documento se deu por conta de problemas que os materiais de publicidade causaram no período. Em 2010, por sua vez, o resultado foi considerado positivo.

O ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), postulante a uma vaga na Câmara Federal, entrou com requerimento pedindo que os cavaletes sejam vedados nas calçadas. Segundo o socialista, o objetivo é evitar gastos excessivos e contratempos para os munícipes com este tipo de propaganda eleitoral, que cria “labirintos na cidade”. “A Justiça Eleitoral agiu neste caso pensando no bem da população e do processo eleitoral. Além de serem incômodo, são objetos que trazem transtornos na hora de descartá-los”, frisou.

Anteriormente, em 11 de julho, a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) e a subsecção andreense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acionaram o cartório eleitoral, sugerindo a promoção de encontro com presidentes de partidos, representantes de coligações e candidatos para que se faça acordo pelo uso moderado dos artefatos de publicidade. A lei permite o uso de cavaletes nas calçadas pelos postulantes. Por outro lado, a requisição prevê ‘acordo de cavalheiros’.

Presidente da OAB local, Fábio Picarelli pontuou que a intenção é fazer da conduta dos candidatos em Santo André “exemplo a ser seguido”. Para isso, a perspectiva é que a classe política “encampe” essa empreitada. “A regra seria igual para todos (os candidatos), as oportunidades seriam as mesmas”, discorreu o advogado, na oportunidade. “Esperamos que os representantes das coligações possam fazer ato coerente com o momento que vivemos”, finalizou.

Ao serem questionados à época do primeiro documento, dirigentes do PT, PSB e PTB demonstraram interesse em colaborar com o pedido e selar pacto. Candidato a deputado estadual e mandatário do diretório petista, Luiz Turco adiantou que concorda com a proposta caso seja feita entre todos os partidos. “Da nossa parte não tem nenhum problema”, sinalizou o dirigente.

Aidan classificou que o posicionamento adotado pelas duas instituições é justo. “Quem lembra de tudo que aconteceu envolvendo os cavaletes (em 2012), e tem responsabilidade, como os presidentes destas duas entidades (Evenson Dotto e Picarelli), sabe que eles só poderiam ter esta opinião que nosso documento reforça.”




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