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Polícia Militar tem 20 bases comunitárias no Grande ABC

Metade fica em pontos fixos e as demais são móveis; comandante da PM afirma que policiais devem migrar junto com a criminalidade

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
04/08/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O Grande ABC possui hoje 20 bases comunitárias da PM (Polícia Militar). Do total, dez são móveis e as outras dez estão localizadas em terrenos nas cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano (veja os endereços ao lado).

Conforme a comandante da PM na região, coronel Cláudia Rigon, a tendência é que haja cada vez mais bases móveis. “A instituição verificou que a fixação em imóvel limita a atuação. Sendo assim, algumas bases fixas foram desativadas, já que agora a política é a mobilidade. Estamos visando a movimentação dos policiais, que migram com a criminalidade.”

Entre as que foram desativadas nos últimos anos estão a da comunidade Naval, em Diadema, e, mais recentemente, a da Avenida Príncipe de Gales, em Santo André.

Conforme explicou o capitão Vlamir Luz Machado, chefe da seção operacional da PM, a de Diadema virou companhia. “Apesar de ter a nomenclatura alterada, disponibiliza os mesmos serviços ao cidadão que as bases, como orientação e comunicação de ocorrências. Já a localizada na Príncipe de Gales foi requisitada pela Prefeitura para instalação de um posto da GCM (Guarda Civil Municipal)”, explicou.

A equipe do Diário foi até a base de Santo André e verificou que haviam guardas-civis no local. Eles disseram permanecer ali 24 horas e prestar orientação à população.

No fim da Avenida Oratório, na divisa de Santo André com Mauá, também há base desativada. Segundo o capitão, ela é de responsabilidade da GCM de Santo André, mas já foi utilizada em conjunto com a PM. Atualmente, usuários de drogas utilizam o espaço para dormir, segundo lojistas da região. O proprietário de uma barraca de frutas Reinaldo Guerra, 53 anos, passa pela base todos os dias. “Acho que teríamos muito mais segurança se os policiais continuassem aqui. Principalmente à noite, já que é uma região de muito movimento.”

Já o vendedor Denivaldo Souza Filho, 48, diz que há muitos assaltos no entorno. “Como há concentração de dependentes químicos aí dentro, acabam ocorrendo alguns problemas.”

Conforme a comandante da PM, há acompanhamento dos índices de criminalidade de cada região para direcionar as bases comunitárias móveis. “Fazemos monitoramento para utilizar esses recursos de forma mais adequada”, afirmou.

De acordo com o especialista em Segurança Pública e privada Jorge Lordello, a tendência é que, no futuro, existam mais bases móveis. “Trabalhamos em cima de estatísticas. É claro que o cidadão quer um posto ao lado da casa dele, mas o dinamismo da criminalidade faz com que a polícia tenha mais agilidade com as bases móveis.”

Cidades sem base também têm acesso a policiamento

As cidades de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não possuem bases comunitárias, porém, também têm acesso ao serviços da PM (Polícia Militar).

Conforme explicou o capitão Vlamir Luz Machado, Diadema possui um posto policial localizado na Vila Nogueira. “Não tem diferenciação em atendimento, somente na nomenclatura. Os policiais oferecem os mesmos serviços de uma base comunitária: fazem ocorrências, têm viaturas de apoio e lá permanecem por 24 horas.”

Já Rio Grande da Serra possui um destacamento policial, que, conforme o capitão, “nada mais é que uma quantidade reduzida de policiais, medida de acordo com a população da cidade e o índice de criminalidade. O número de policiais fica em tono de 40 a 60. Já as companhias têm em torno de 80 a 120 policiais.”

Mauá possui quatro companhias, onde também são oferecidos os mesmos serviços das bases. Já Ribeirão Pires conta com as dez bases comunitárias móveis, que estão disponíveis para as sete cidades e não têm ponto fixo. “De acordo com o indicador criminal, a gente vai mudando de lugar”, disse o capitão. 




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