Ao todo, foram 24 gols marcados e exatas 300.674 pessoas presentes aos seis jogos que abrigou nesta Copa do Mundo. Por seu campo, desfilaram craques do porte de Robben, Benzema, Müller e Cristiano Ronaldo. No entanto, a participação da Arena Fonte Nova na Copa do Mundo chegou ao fim no sábado. Em grande estilo, apesar do 0 a 0 no tempo normal e prorrogação entre Holanda e Costa Rica, a classificação laranja nos pênaltis foi a cereja do bolo para o público na Bahia.

Em uma capital reconhecida internacionalmente por suas festas, músicas, religião e cores, a Copa do Mundo se despede, mas o clima do Mundial vai perdurar entre os soteropolitanos. 

“A cultura daqui é assim, todo dia é dia de festa. Apesar de termos fama de preguiçosos, não somos assim, não. Muito pelo contrário. E acredito que fizemos um bom trabalho, foi gratificante. Deixará lembranças muito boas”, destacou a faxineira Solange Martins Barreto, 44, enquanto varria uma das áreas da Fonte Nova. Sua companheira de setor, Jacira Silva, 51, também não mediu elogios, sempre com sorriso estampado no rosto. “Sem dúvida receberemos muitos elogios e comentários positivos. Os turistas foram bem recebidos aqui, gostaram. E espero que voltem sempre.”

Aliás, as palavras das funcionárias ganham força em eleição feita pelo portal UOL com leitores sobre os melhores estádios da Copa. E a Fonte Nova ficou na primeira colocação com destaque para alguns quesitos como segurança, alimentação e limpeza. “Recebemos muitos elogios. Ganhei até gorjeta”, divertiu-se Solange. “Que os turistas e torcedores levem a saudade daqui”, emendou Jacira.

De acordo com a segurança Gilda Valverde, 57, são muitos os legados para a capital baiana. “Foi muito interessante, porque trouxe muitas contribuições para a cidade. Ficamos conhecidos mundialmente”, destacou. “O metrô, que estava demorando a sair, começou a funcionar mesmo que só um pedaço”, continuou. 

APROVADO

Os comerciantes que têm bares, lanchonetes, vendas e restaurantes próximos ao estádio não escondiam a alegria com a passagem do Mundial e tantos visitantes por Salvador. Tanto que a dona de um mercadinho localizado na rua da arena, Maria Pereira Santos, 55, foi espontânea quando questionada sobre o que a Copa vai deixar para a cidade. “Saudade”, disse de bate-pronto. “Não é todo ano que temos uma Copa no nosso País, não é?”, continuou.

Segundo o proprietário de um bar vizinho, Roberto Carlos Santos, 48, o ponto alto foi a organização. “Tivemos muito policiamento e não vimos uma confusão. As vendas favoreceram muito a gente, pequenos comerciantes que no dia a dia não vendemos nada. Queria mais umas dez Copas por aqui."