Baseando-se em dados de especialistas, auxiliares do tucano tentam convencê-lo de que há pouca perspectiva de reverter a situação no médio prazo, uma vez que o cenário de escassez hídrica no Cantareira tende a se agravar. Os defensores dessa tese dizem que a tendência é que o número de casos pontuais de falta d'água cresçam na pauta do noticiário, o que criaria uma situação na opinião pública de que o governador está apenas escondendo a crise.
O outro grupo, porém, pondera que o racionamento não teria a menor eficácia e argumenta que a medida apenas levaria a população a aumentar o consumo de água nos dias sem corte no abastecimento. Segundo um interlocutor, o rodízio seria um tiro que sairia pela culatra. Esse grupo acredita que é possível chegar a um equilíbrio de oferta e demanda por meio de educação e estímulo, como o plano de bônus da Sabesp, já em curso. Essa posição conta com o respaldo técnico da Sabesp, que acredita que o consumo regular de água está garantido até novembro com o uso do volume morto. Reservadamente, caciques do PSDB paulista, parlamentares e ex-secretários de Alckmin avaliam que o efeito de um racionamento formal pode ser "devastador" para a campanha à reeleição do tucano, a exemplo do que aconteceu com José Serra (PSDB) em 2002, após o apagão vivido no governo FHC.
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