Os organizadores do Campeonato Paulista planejaram uma grande festa para a decisão do principal torneio de seu calendário. Apresentações de cheerleaders, um show musical da dupla João Bosco e Vinícius, que também cantou o hino nacional ao som de uma viola caipira, volta olímpica das taças entregues ao campeão e vice antes do jogo e até a distribuição de pequenos panos brancos para todos os torcedores.

Mas o plano da Federação Paulista de Futebol não empolgou os mais de 38 mil presentes (quase 35 mil pagantes) que lotaram as arquibancadas do Pacaembu. Durante as apresentações, a torcida se manteve imóvel, voltando a vibrar e entoar cantos de apoio aos seus times quando as caixas de som silenciavam. Maioria nas arquibancadas, os santistas dominavam o som das torcidas.

Com a bola rolando, o torcedor do Peixe demonstrou o mesmo nervosismo que seu time em campo. Do lado do Ituano, poucas intervenções de sua torcida eram ouvidas, especialmente após erros de atletas do Peixe. Um em especial, o zagueiro David Braz, era mais cobrado pela torcida. Ele foi vaiado na apresentação das equipes, após ser responsabilizado por erros que quase custaram a ida do Peixe à final.

Cada jogador do Ituano que tentava ganhar tempo era vaiado de forma implacável pela torcida, que só se tranquilizou após o gol de Cícero, nos acréscimos da primeira etapa.

Precisando de mais um gol para garantir o título na segunda etapa, o nervosismo voltou a tomar conta dos santistas, com o número, e a intensidade, das reclamações aumentando junto com os erros da equipe em campo.

Antes da decisão por pênaltis, nova manifestação de apoio, com destaque para Aranha. A defesa decisiva na cobrança de Neto foi o estopim para o início da festa dos visitantes, que comemoraram enquanto os santistas, cabisbaixos, deixavam o Pacaembu.