Reforço foi assegurado ao prefeito Lauro Michels pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro
Contemplada com apenas um profissional do programa Mais Médicos, Diadema receberá mais cinco clínicos do programa federal. O reforço ao município foi assegurado ao prefeito Lauro Michels (PV) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.
“Ele (Chioro) me ligou e disse que vai mandar cinco médicos, mas até agora a cidade ainda não foi notificada, estou no aguardo”, disse Lauro. O verde solicitou 45 profissionais a Chioro, durante reunião realizada no começo do mês, logo após ele deixar o Paço de São Bernardo para substituir Alexandre Padilha (PT), pré-candidato ao governo do Estado.
O único médico que veio por intermédio do governo federal é da primeira fase do Mais Médicos. Diadema requereu 35 profissionais na segunda etapa do programa, mas não foi contemplada. A Secretaria de Saúde perdeu prazo de adesão.
Desde que Lauro assumiu a Prefeitura, em 1° de janeiro, o município perdeu 85 especialistas que pediram para deixar a rede municipal – média de um pedido de demissão a cada quatro dias e meio.
Quando chegou ao Executivo, Lauro encontrou 570 profissionais da área, mas viu crescer as solicitações de exoneração de funcionários que não concordam com o modelo de gestão do ex-prefeito e titular da Pasta de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).
Com a saída dos profissionais, aumentaram as críticas à gestão de Zé Augusto, a mais contestada da gestão Lauro. Tanto que a Câmara aprovou a instauração de CPI para investigar o setor.
Autor do pedido de averiguação, o vereador Ricardo Yoshio (PRB) vai levar a ação adiante, mesmo após conversa com o prefeito, que não queria o procedimento.
DEMANDAS
O pedido para reforçar o quadro clínico diademense integrou o escopo de pedidos do verde a Chioro, que incluiu a liberação de terreno para a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) no bairro Piraporinha, cuja área pertence ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Outro pedido apresentado ao ministro foi o processo de transferência da documentação do Hospital Municipal, em curso junto ao INSS. O Ministério da Previdência transferiu os dados para o Ministério da Saúde, que vai repassar a Diadema.
Para Yoshio, gratificação é paliativa
Responsável pelo desenvolvimento da CPI da Saúde no Legislativo diademense, o vereador Ricardo Yoshio (PRB) considera que a bonificação planejada por Lauro Michels aos médicos que atuam no município não é a melhor opção para evitar a saída dos profissionais.
“Defendo que deveria ser adotado um plano de carreira para a cidade atrair os médicos, mas sabemos da dificuldade nesse sentido. Já é um passo do governo”, considerou o parlamentar.
Com a medida, Lauro também espera atrair profissionais à cidade.
A gratificação será adotada para reforçar o salário dos especialistas. A Prefeitura estima gastar R$ 13 milhões por ano com a medida.
Serão dois tipos de bonificação. A GDP (Gratificação de Desempenho e Produtividade), para o médico que registrar o menor número de faltas durante o mês. E a GP (Gratificação por Licença Prêmio), para o funcionário que opte por trabalhar ao invés de receber folga.
Em ambos os casos, as gratificações giram em torno de R$ 1.000. Projeto do Executivo para oficializar a medida está sendo preparado e pode ser encaminhado hoje para votação na Câmara.
Em Diadema, a remuneração dos médicos varia de R$ 3.342,98 para 12 horas semanais a R$ 11.143,28 para 40 horas, sendo R$ 800 o valor de plantão durante a semana e R$ 1.300 aos fins de semana. Do quadro, 73% recebem esse bônus.
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