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Bela até no nome

Ilhabela terá slackline e aulas gratuitas de vela até o dia 2 e final de beach soccer em fevereiro

Isadora Almeida
30/01/2014 | 00:34
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Irae Bornholdt/Prefeitura de Ilhabela/Divulgação/MERGULHO. Ilha das Cabras é um dos melhores locais para a prática em Ilhabela


 Lugar que agrada a gregos, troianos e borrachudos, Ilhabela faz alusão à beleza até no nome. Também, pudera: o arquipélago do Litoral Norte paulista, situado a 213 quilômetros da Capital, concentra alguns dos mais belos cartões-postais da costa brasileira, com praias cercadas de Mata Atlântica, e presenteia turistas com opções de lazer tanto em terra quanto em mar. Rica em biodiversidade, é possível desvendar Ilhabela em qualquer época do ano, seja em passeios ecoturísticos, históricos ou náuticos. Mas é indispensável o uso do repelente, já que os borrachudos adoram uma carne nova.
Desde o início de janeiro, a cidade tem oferecido atividades esportivas gratuitas por meio do projeto Verão Ilhabela Viva 2014. Até o dia 2, a arena permanecerá montada na Praia Grande, ao Sul da ilha, com oficinas de slackline às sextas, aos sábados e domingos, das 15h às 20h.
Também são oferecidos brinquedos e recreação para a criançada, aulas de free dance e frescobol .
A estrutura do programa vai ser transferida para a praia do Perequê no dia 4, onde deverá permanecer até o dia 23.

VELA
Conhecida como Capital da Vela, Ilhabela realiza desde o dia 22 o programa Vela Para Todos, que oferece curso básico do esporte em barcos de monotipos, gratuitamente, até o dia 2. As aulas têm início às 10h.
Começa também no sábado a 2ª Copa Vanguarda de Beach Soccer, realizada aos fins de semana no Campo de Aviação (bairro do Engenho D’Água). A competição se estende até o dia 22 e premiará a melhor equipe da região. Além disso, no sábado e domingo acontece o Aquathlon Series e Circuito Travessias, com a etapa Harry Finger.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS
A programação de eventos está longe de ser a única atração de Ilhabela. O arquipélago possui 130 quilômetros de costa e reserva programas para quem busca badalação, aventura ou apenas um lugar para relaxar. Também conta com 40 praias, além de trilhas que permitem conhecer piscinas naturais e enormes quedas-d’água, como a famosa cachoeira do Gato, localizada no Parque Estadual de Ilhabela, na Baía dos Castelhanos. Outras cachoeiras, como a da Toca e a do Veloso, merecem visita.
Para chegar à praia dos Castelhanos, o acesso é um pouco complicado e só é possível através de lancha, em percurso que dura cerca de uma hora e meia, ou de jipe, o que reserva doses extras de aventura ao longo de 22 quilômetros em estrada de terra muito precária e cerca de uma hora de viagem chacoalhando com outros sete passageiros, além do motorista.
Ao fim do trajeto, a vista de uma praia selvagem, com mar de águas limpas e ondas fortes, compensa o sufoco.
Para chegar à Cachoeira do Gato, que tem 80 metros de altura, são mais 40 minutos de caminhada. O passeio até a praia a bordo de veículo 4x4 sai no valor de R$ 70, incluindo a trilha que leva à queda-d’água. É possível agendar o passeio pela Maremar Turismo nos telefones (0xx12) 3896-3679 e 3896-1418.

AGITO
Para quem gosta de agito, o melhor é se hospedar nas praias do Curral, Feiticeira ou Saco da Capela. A primeira, a mais badalada de todas, recebe público jovem, sobretudo no verão, e conta com bares e restaurantes pé na areia. É lá também que está localizado o hotel DPNY Beach, conhecido por receber DJs internacionais na temporada.
O Saco da Capela também é movimentado por abrigar a sede do Iate Clube e do Sea Club, famoso por suas festas sunset e pool parties que garantem ao estabelecimento a alcunha de Ibiza de Ilhabela. No sábado, por exemplo, o clube promove o Sirena Sunset, do projeto Summer Stage 2014, apresentado pela cerveja Heineken, com os DJs Jetlag (Paulo Velloso e Thiago Mansur), Diego Moura e Magui, e ingressos a partir de R$ 60 (mulher) e R$ 100 (homem). Mais informações nos sites www.seaclub.com.br e www.summerstage.com.br.

PRAIAS
Conhecida internacionalmente como uma das mais belas praias, a do Bonete possui difícil acesso, sendo possível chegar lá apenas por barco ou em quatro horas de trilha a partir de Borrifos. Lá, não existem aglomerados de turistas, pois as escunas não conseguem chegar. Com 800 metros de extensão e mar azul, um rio do lado esquerdo e ondas boas para o surfe na parte oposta, o cenário para quem vai a pé é gratificante.
Já para quem prefere sossego, as praias ao Norte da ilha são ótimas pedidas. A do Jabaquara é boa para levar crianças. A 16 quilômetros do Centro, é bem preservada e cortada por dois riachos.
Já a de Guarapocaia é coberta por palmeiras e coqueiros, servindo de opção aos adeptos do slackline. E a da Armação é bastante frequentada por amantes de esportes náuticos.
Além das praias, é possível desfrutar de Ilhabela através do birdwatching (observação de pássaros) e do Centro Histórico, na Vila, com a Igreja Matriz Nossa Senhora d’Ajuda e Bom Sucesso, que tem mais de 300 anos. O Centro também conta com a antiga cadeia, a Praça das Bandeiras, píer, canhões e o Fórum, atual sede do Parque Estadual de Ilhabela. Marco inicial da povoação do arquipélago, a Vila conta com arquitetura colonial e estrutura de galerias, bares, café, livrarias, sorveterias e requintadas lojas e restaurantes.

ÁGUAS ESCONDEM DESTROÇOS DE PELO MENOS 45 NAVIOS

As águas de Ilhabela escondem um cemitério de navios. Estão catalogadas 45 embarcações naufragadas, mas estudos históricos indicam mais de 100 naufrágios, sendo que a maioria está situada a 50 metros da costa, a profundidades que variam de oito a 55 metros. Isso faz com que a prática do mergulho seja bastante procurada.
Um dos mais rasos é o Aymoré (1920), na praia do Curral, mas o maior naufrágio da América do Sul, conhecido como o Titanic brasileiro, é o espanhol Príncipe das Astúrias, que afundou no século 20 e provocou a morte de mais de 1.500 pessoas. Ele está localizado logo atrás da ilha, na Ponta de Pirabura.
Outros destaques são o navio inglês Dart, de 1884; o norte-americano Eliuhub Washburne (1943); o francês France (1906); e o alemão Siegmund (1929).
A explicação para tantos naufrágios seriam os muitos bancos de areia que circundam o arquipélago. Além disso, como os portugueses que desembarcavam escravos na praia de Castelhanos costumavam fazer o retorno para Portugal repletos de riquezas extraídas de solo brasileiro, os piratas ficavam de tocaia para roubar os navios e, se necessário, afundá-los. Mas os mais místicos preferem a versão de que as bússolas, por questões sobrenaturais, se descontrolavam ao chegar perto da ilha.
Mitos à parte, aproveite a visita para mergulhar na Reserva Marinha da Ilha das Cabras, ao Sul, e conferir as riquezas ecológicas do arquipélago. Para quem não tem experiência, o discovery dive custa R$ 350 por pessoa. Em, no máximo, duas horas, dá para contornar a ilha e avistar espécies como o peixe-frade e o budião, além de corais e anêmonas.
A agência Colonial Diver realiza o mergulho, que pode ser agendado pelo telefone (0xx12) 3894-9459.




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