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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

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Linha 18 vai gerar
1.000 empregos diretos

Alckmin assina edital para Metrô do Grande ABC
e prevê vencedor ainda neste primeiro semestre

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
30/01/2014 | 07:58
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Orlando Filho/DGABC


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a construção da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), que atenderá ao Grande ABC, vai gerar 1.000 postos de trabalho diretos. Ontem, no Palácio dos Bandeirantes, o tucano assinou edital da PPP (Parceria Público-Privada) para o primeiro trajeto metroviário fora da Capital.

O consórcio vencedor da licitação será conhecido em 90 dias, segundo previsão do governo estadual. A empresa que se comprometer com maior volume de investimento no traçado e atender aos requisitos técnicos do Estado será habilitada – o aporte mínimo exigido é de R$ 1,9 bilhão, metade do custo da obra, avaliada em R$ 3,8 bilhões (sem incluir desapropriações, estimadas em R$ 407 milhões e que serão arcadas pelo Palácio dos Bandeirantes). O restante da verba sairá dos cofres da União, de R$ 400 milhões, financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), de R$ 1,3 bilhão, e R$ 200 milhões do Tesouro estadual.

Alckmin ressaltou o fato de a Linha 18-Bronze ser a primeira fora da Capital e argumentou que a política de redução de gastos públicos permitiu ampliação da capacidade de investimento do Executivo paulista. Hoje, de acordo com o tucano, há quatro linhas de Metrô em andamento simultaneamente: Linha 4-Amarela (Luz-Vila Sônia), Linha 5-Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin), Linha 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) e Linha 17-Prata (Jabaquara-Morumbi). “A dívida no Estado despencou e abriu possibilidade no Orçamento para obras.”

O traçado sairá da Estação Tamanduateí, em São Paulo, onde também ficará o pátio de manobra do monotrilho (modal utilizado na ligação ao Grande ABC). Serão 13 estações no total, passando por São Paulo, São Caetano, Santo André e São Bernardo, com 15,7 quilômetros de extensão.

A previsão do governo do Estado é assinar contrato com empresa vencedora da licitação no primeiro semestre. Pelo cronograma da Secretaria Estadual de Planejamento, o consórcio terá seis meses, a partir do acordo formal com o governo estadual, para iniciar intervenções viárias. A expectativa da administração estadual é adiantar a parte burocrática da obra, como detalhes contratuais, antes de julho, quando Alckmin começará a se dedicar à campanha eleitoral. A entrega é aguardada para 2018.

O sistema terá capacidade de transportar 314 mil passageiros por dia. Conforme cálculos do governador, o sistema poderá tirar 12 ônibus de 70 passageiros ou 560 carros das ruas por viagem. “Em 2002, o Estado de São Paulo possuía 12,2 milhões de veículos. Em 2013, a frota subiu para 25,6 milhões. Mais do que dobrou em 11 anos. O caminho é alta capacidade e transporte coletivo para se melhorar a mobilidade”, discursou Alckmin.

Quatro consórcios já se interessam

Quatro consórcios manifestaram interesse em participar da licitação para a PPP (Parceria Público-Privada) para construção da Linha 18-Bronze. Segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o edital assinado ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) se baseou numa proposta prévia encaminhada por uma das empresas que pretendem ingressar na concorrência pública da ligação do Grande ABC à rede metroviária.

De acordo com Jurandir, dois projetos endereçados à Pasta foram “mais bem elaborados” e que, por isso, a expectativa do Estado é a de que essas duas corporações apresentem proposta à Linha 18-Bronze. “Há possibilidade também de um terceiro e de um quarto consórcios entrarem na disputa”, afirmou o secretário.

O modelo de PPP vai englobar operação e manutenção do trecho entre as estações Tamanduateí e Djalma Dutra (no Centro de São Bernardo) durante 19 anos de concessão. Na Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim), a qual adotou modelo de PPP em seu edital, o consórcio vencedor foi o Move São Paulo, dos grupos Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e pelo Fundo Eco Realty.

Já na Linha 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes), em que houve licitação direta, mas o modal de monotrilho (mesmo da Linha 18-Bronze), o consórcio vencedor foi o Expresso Monotrilho Leste, composto pelas empresas Queiroz Galvão, OAS e Bombardier.

Políticos comemoram ‘dia histórico’

Autoridades políticas da região celebraram a assinatura do edital da Linha 18-Bronze, que contemplará o Grande ABC. A viabilidade da obra ganhou forma no fim de 2007, no Consórcio Intermunicipal.

“É marco histórico para a região. Muitos duvidavam da extensão do Metrô para fora da Capital. Isso não só aconteceu como contemplou o Grande ABC”, disse o deputado estadual Orlando Morando (PSDB). “Haverá geração de empregos direta e indiretamente, pois alivia o trânsito na Via Anchieta”, afirmou o parlamentar estadual Alex Manente (PPS). “Vai colaborar na excelência da Mobilidade Urbana”, discorreu Regina Gonçalves (PV).

Atual presidente do Consórcio, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), ressaltou planejamento na entidade para integrar os quatro corredores de ônibus com as 13 estações da Linha 18-Bronze. “O investimento é em Santo André, São Bernardo e São Caetano, mas indiretamente ajuda toda região”, avaliou. “Será revolução no transporte público do Grande ABC e mostra que o interesse público foi colocado acima de disputas partidárias”, argumentou Carlos Grana (PT), prefeito de Santo André.

Chefe do Executivo de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB) considerou que a Linha 18-Bronze não reduzirá utilização do sistema da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “O Estado se comprometeu a investir na reforma da estação em São Caetano”. Secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude e ex-prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB) enalteceu o papel do Consórcio. “Foi fundamental.”
 




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