A Fundação Procon-SP divulgou ontem ranking com as dez instituições de Ensino Superior privadas mais reclamadas entre janeiro e setembro. Com unidades na região, em primeiro lugar está o Grupo Uniesp e, em segundo, a Anhanguera Educacional.

De forma geral, as queixas do setor cresceram 19% em relação ao mesmo período de 2012. Foram 1.129 registros contra as dez instituições mais reclamadas. Além disso, a maioria tem índice de atendimento baixo em relação a outros segmentos, embora Uniesp tenha resolução de 70% e Anhanguera, 71%.

O número de reclamações contra a Uniesp subiu 136% em relação ao mesmo período de 2012. Os principais registros se referem a problemas relacionados à oferta de curso de Ensino Superior gratuito e contratação obrigatória do Fies (Programa de Financiamento Estudantil) para liberação do acesso às aulas e provas, entre outros. Por conta dessas irregularidades, o grupo chegou, inclusive, a ser impedido neste ano de abrir novas vagas pelo MEC (Ministério da Educação).

O segundo colocado no ranking foi a Anhanguera Educacional, sendo que o problema mais citado se refere a procedimentos de cobrança, como falta de emissão de boletos, processos malsucedidos de trancamento, cancelamento ou transferência, pagamentos realizados a empresas terceirizadas e não reconhecidos pela instituição, além da inclusão irregular em cadastros como o Serasa.

Para as demais empresas, a maioria das demandas trata, de problemas com a geração de boletos ou não reconhecimento de pagamentos, contratos cancelados por falta de alunos para formação de turmas, falhas no sistema para o acesso a notas, falhas no processo de trancamento de matrícula, cobrança indevida e demora para entrega de documentos.

A Anhanguera afirmou que o número de reclamações feitas ao Procon representa menos de 0,05% do total de 428 mil alunos da instituição. Além disso, citou o lançamento, no ano passado, do Portal do Aluno, que facilitou a solicitação e realização de serviços acadêmicos. Já a Uniesp não se manifestou.