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Para Lula, PT tem de
se aliar à direita
para vencer em SP

Para ex-presidente, partido precisa ampliar eleitorado
fora da esquerda para pleito de 2014

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/11/2013 | 07:39
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Ricardo Trida/21.11.13/DGABC


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ampliação do leque de alianças para, pela primeira vez na história, o PT vencer na eleição para o governo de São Paulo. Sustentou, inclusive, que a sigla – que sempre se considerou de esquerda – busque apoios de legendas de centro-direita. “O povo não quer saber se o partido é de esquerda ou de direita. Quer ver programa de governo”, discursou Lula, durante evento na quinta-feira à noite em Santo André.

A avaliação do cacique é a de que diversos nomes fortes do petismo tentaram derrubar gestões tucanas – que se sucedem há 20 anos no Estado –, mas sempre esbarraram na porcentagem de paulistas que ainda têm restrição ao modelo petista de administração.

“Sempre atingimos os 30%, 35% do eleitorado. Mas os 20% que faltam não estão no PT, no PCdoB ou nos partidos de esquerda. São de quem ainda têm medo do PT. Por isso precisamos de aliança mais ampla, porque, no passado, cansamos de disputar eleição apenas com a gente. Eram 700 candidatos a vereador contra 23 do PT”, recordou, elencando que José Genoino, Aloizio Mercadante, Eduardo Suplicy, Marta Suplicy e até ele próprio não saíram vitoriosos da eleição paulista. No ano que vem, quem estará na linha de frente do projeto petista é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

No pleito para a Capital, no ano passado, Lula defendeu – e teve êxito – uma aliança do então candidato Fernando Haddad com o ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP), até então inimigo declarado do petismo. Evento oficial na casa de Maluf selou a parceria, mas abalou a candidatura de Haddad. Tanto que Luiza Erundina (PSB), indicada à vice, renunciou ao posto após o acordo – Nádia Campeão (PCdoB) aceitou, posteriormente, convite para dividir chapa com o petista.

Presidente nacional do PT, o deputado estadual Rui Falcão reconheceu que algumas alianças “trazem constrangimento” ao partido, “mas que são necessárias do ponto de vista da governabilidade no Parlamento”.
O PT, por enquanto, conta com poucos partidos em sua empreitada ao governo do Estado. Para atrair siglas, tem como principal oferta a vice de Padilha. O favorito para ocupar o posto é o PR, com o empresário Maurilio Biagi Filho.

MODELO

Segundo Lula, Padilha precisa seguir a metodologia adotada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, que mantém extensa coalizão na cidade, incluindo no bloco governista partidos como o DEM.




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