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Sony diz que Brasil cobra R$ 2.524 de tributos no Playstation 4

No entanto, Microsoft coloca concorrente
pela metade do preço no mercado nacional

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
22/10/2013 | 07:14
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Divulgação


A Sony detalhou o preço que os brasileiros pagarão, a partir do dia 29 de novembro, pelo seu novo aparelho de videogame, o PS4 (Playstation 4). Dos estimados R$ 3.999, a empresa garantiu que 63%, ou R$ 2.524, são a carga tributária. O eletrônico, cujo preço sugerido para os Estados Unidos é de US$ 400, custaria R$ 858 apenas pelo câmbio, a R$ 2,15. A companhia diz ainda que 22% são margens de venda e que ainda aplicou desconto de R$ 258. Sem os impostos, portanto, o eletrônico custaria R$ 1.475.

Por outro lado, a Microsoft, que lançará o concorrente Xbox One, colocou preço sugerido ao produto no Brasil de R$ 2.199, com vendas a partir de 22 de novembro. Nos Estados Unidos, sugeriu US$ 499, ou R$ 1.072 com o dólar a R$ 2,15.

“Infelizmente a carga tributária no País é muito alta. Mas a Microsoft, como não desagregou o seu preço, provavelmente está com uma estratégia de vendas muito mais agressiva do que a Sony”, disse o presidente executivo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), João Eloi Olenike.

Para o professor do Provar/FIA (Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração) Nelson Beltrame, a margem da Sony faz a diferença entre os preços. “O PS4 tem a mesma classificação fiscal do Xbox One no País.”

Atualmente, a carga tributária de aparelhos e jogos eletrônicos importados, destaca Olenike, é de 72,18%. “A Sony está correta. É que nós consideramos também os tributos trabalhistas e sobre o lucro (e a empresa não)”, garantiu.

O vice-presidente da Sony para a América Latina, Mark Stanley, em entrevista ao Valor Econômico, revelou a intenção de fabricar o PS4 no Brasil, como já ocorre com o PS3, por estar insatisfeito com o preço que chegará ao consumidor.

No entanto, o coordenador adjunto do curso de Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi, Marcos Cardoso, acredita que isso levará entre um ou dois anos. “Para a Sony não faz muita diferença vender o PS4 no Brasil ou se o consumidor vai viajar para fora do País para comprá-lo, pois tudo é receita à empresa.” Ele explicou que a fabricação, que reduziria o preço do aparelho em território nacional, seria decidida pela empresa apenas se a demanda na América Latina compensasse e após a maturação da cadeia de fornecedores, com a fabricação em escala dos componentes, processo que leva meses.

Olenike destaca que, mesmo com fabricação nacional, os videogames continuam com carga tributária aproximada de 52%.
 




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