Adonis Bernardes era diretor do Departamento de Trabalho do governo de Carlos Grana
Líder sindical e presidente do PDT de Santo André, Adonis Bernardes morreu na madrugada de ontem, aos 58 anos. Ele deixa mulher e duas filhas. O governo do prefeito Carlos Grana (PT) decretou luto oficial de três dias.
O pedetista era funcionário comissionado no Paço e exercia a função de comando no Departamento de Trabalho, atrelado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Entre as atribuições da área, o sindicalista dirigia o CPETR (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda de Santo André).
Adonis estava internado há sete dias no Hospital Christóvão da Gama, em Santo André, e foi diagnosticado com anemia falciforme (doença hereditária), o que causou insuficiência renal e, posteriormente, hemorragia. O quadro clínico do sindicalista era grave. O velório segue até às 10h de hoje, no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, onde ele já atuou como diretor-executivo. O sepultamento será às 11h, no Cemitério Santo André, na Vila Humaitá.
Grana publicou, no Facebook, sentimentos a todos os familiares e amigos do “companheiro de luta e grande amigo”. “Descanse em paz, companheiro”, mencionou. Adonis era advogado e ex-diretor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santo André. Recentemente, foi nomeado como coordenador do Centro de Memória de Resistência à Ditadura.
O pedetista era primeiro suplente – obteve 2.215 votos na eleição de 2012 – do partido, que elegeu dois vereadores. Ele apoiou a candidatura própria da legenda, com Raimundo Salles, político que ficou em terceiro lugar na disputa. O PDT aderiu à campanha petista no segundo turno. Adonis articulou o ingresso dos parlamentares Cosmo do Gás e Sargento Lobo na base governista.
INTERINO
De forma interina, o servidor comissionado Vilson Rodrigues da Costa, ligado ao PT e que exercia o cargo de assistente de diretor do Departamento de Trabalho, responderá pelo posto ocupado até então por Adonis. O substituto do sindicalista ainda não foi escolhido pelo prefeito. Não há prazo estipulado para a decisão. O PDT cobra maior participação na administração petista e não deve aceitar perder o espaço.
O nome de Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e coordenador regional do PDT, é cotado para assumir o cargo. Por outro lado, ele se mantém resistente. O pedetista tinha compromisso de Grana de entrar na chefia da Secretaria de Trabalho, que não foi criada. O prefeito recuou em firmar a reforma administrativa ao justificar contenção de gastos.
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