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Quinta-Feira, 2 de Maio de 2024

Economia
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Crédito
Desembolsos do BNDES
apresentam forte expansão

Crédito da instituição, destinada a investimentos,
teve alta de 75% na região no primeiro semestre

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/09/2013 | 07:30
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Rafael Levi/DGABC


Termômetro dos investimentos das empresas, por ter forte relação com os planos das companhias para ampliar o parque produtivo ou fazer expansão de sua frota de veículos, o volume de financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) cresceu de forma significativa no Grande ABC no primeiro semestre, em comparação com mesmo período de 2012.

Foram desembolsados pelo banco de fomento do governo federal R$ 820 milhões em operações indiretas (por meio de outras instituições financeiras) para empresas dos sete municípios de janeiro a junho, resultado que é 75% maior do que os R$ 467 milhões registrados nos seis meses iniciais do ano passado. O levantamento foi obtido pelo posto avançado do banco dentro da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema.

Um dos principais destaques, em termos de valores concedidos, foram as linhas do Finame (destinada à compra de máquinas, caminhões e ônibus), que deram um salto neste ano na região, com crescimento de 71%, chegando a R$ 491 milhões. Isso apesar de o número de operações (contratos) referentes a essa modalidade ter diminuído 28%.

Edson Moret, chefe do Departamento de Suporte e Controle Operacional da Área de Operações Indiretas, cita que a abertura da linha PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que faz parte dessa modalidade, em agosto de 2012, impulsionou a demanda, principalmente para compra de caminhões e ônibus (que no fim do ano passado tinha juros de 2,5% ao ano e, a partir de janeiro de 2013, passou a 3% ao ano). “As taxas mais baixas fizeram os investimentos aumentar”, observa. Agora, no segundo semestre, as taxas subiram para 4%, mas permanecem muito atrativas, abaixo da inflação.

Ele lembra que, no ano passado, como houve a troca de motorização dos veículos pesados – por causa da entrada em vigor de norma mais rígida de emissão de poluentes (a Proconve 7, similar à europeia Euro 5) –, muitas transportadoras haviam se antecipado e renovado suas frotas em 2011. A intenção era não ter de pagar mais caro pelos caminhões com a tecnologia menos poluente.

CAIXA - Dos bancos que oferecem aos clientes empresariais produtos do BNDES, a Caixa Econômica Federal está entre os que vêm fortalecendo sua atuação no Grande ABC, principalmente com o PSI-Finame. “Não éramos tão competitivos nessas linhas há alguns anos, mas desenvolvemos a expertise”, diz o gerente regional de Pessoa Jurídica do Escritório de Negócios na região, Ronny Peterson.

A Caixa concedeu R$ 16 bilhões em financiamentos do BNDES na região de janeiro a agosto, 408% mais que o total registrado no ano passado. A maior parte desse volume se refere a créditos para essa modalidade de compras de máquinas e caminhões, embora a Caixa também se destaque em operações com o cartão BNDES. É um dos três maiores em concessões desse tipo de empréstimo, destinado a capital de giro (compras de estoques e equipamentos), que oferece crédito pré-aprovado de até R$ 1 milhão, juros também atrativos (de 0,86% ao mês) e financiamento automático em até 48 meses.


Cartão do banco cresce apenas 5%

Com forte expansão em anos anteriores, as operações com o cartão BNDES registram crescimento mais modesto no primeiro semestre deste ano na região, na comparação com igual período de 2012. Houve incremento de 10% em número de operações (para 3.331 contratos) e de 5% em desembolsos, que atingiram R$ 77 milhões nos primeiros seis meses de 2013.

Um dos fatores que explica isso, segundo Edson Moret, chefe do Departamento de Suporte e Controle Operacional da Área de Operações Indiretas, é que houve crescimento da inadimplência e os agentes financeiros frearam momentaneamente as concessões. Apesar disso, a modalidade segue atrativa, pela facilidade na obtenção do crédito e pelos juros reduzidos em relação ao existente no mercado. “Hoje já faz parte do dia a dia das empresas. Quando vou comprar ferramentas não preciso negociar financiamento, recorro ao cartão BNDES”, diz o diretor da regional do Ciesp de Diadema, Donizete Duarte da Silva. cuja empresa utiliza a linha.
 




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