Depois de, nos bastidores, ter vetado a indicação do presidente do PSB de Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, para compor seu secretariado, o prefeito Lauro Michels (PV) afirmou que seu novo secretário de Segurança Alimentar tem todo “respaldo” para trabalhar na Pasta antes ocupada por David Schmitd.

Lauro classificou como “fofocas” os rumores de que ele não queria ter Adelson como subordinado e teve de aceitar o socialista a contragosto. “Não queria alguns componentes do PSB. O Adelson é boa pessoa, de caráter. Tudo que falaram foi fofoca.”

Segundo o verde, durante as negociações para o ingresso do PSB no primeiro escalão, ele adiantou que não aceitaria a indicação dos suplentes de vereador socialistas Frank Miller e Antônio Rodrigues, que no passado foram denunciados por práticas supostamente ilícitas. Frank Miller foi pivô do caso denunciado em 2011 pelo Diário de cobrança de propina a camelôs. “Esses eu não queria, porque tiveram alguns pepinos.”

O prefeito minimizou o fato de Adelson ter sido secretário da mesma Pasta durante a administração do ex-prefeito Mário Reali (PT), mesmo tendo sido, no passado, braço-direito de José Augusto da Silva Ramos (PSDB), ex-prefeito, atual secretário de Saúde da cidade e que durante anos foi o principal rival do petismo no município.

“O Adelson mostrou lado quando foi ao governo do Mário. A política é dinâmica e tenho de fazer composição de Câmara e governo”, alegou o chefe do Executivo.

Apesar das declarações, Lauro era contrário à vinda de Adelson. Seu favorito era o vereador Célio Boi (PSB). Para atrair o parlamentar, o prefeito chegou até oferecer a Secretaria de Assistência Social e Cidadania – da vice Silvana Guarnieri (PTB).