Apenas três dos oito profissionais que se inscreveram no Programa Mais Médicos para trabalhar na região homologaram a inscrição, isto é, confirmaram o interesse em atuar na cidade para a qual foram direcionados. Os inscritos tiveram até sábado para validar a opção no programa.

A lista divulgada pelo Ministério da Saúde na tarde de ontem revela que Santo André, São Bernardo e São Caetano receberão os três profissionais. Entretanto, somente dois deles devem de fato atuar no Grande ABC. Isso porque São Caetano foi inserida de forma automática na lista de adesão por conta do convênio com o Provab (Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica), do governo federal, e a Prefeitura optou por não aderir ao Mais Médicos.

Juntos, os municípios solicitaram total de 93 profissionais para atuar na Atenção Básica de Saúde. Apenas Diadema, que sofre com a maior ausência de especialistas (cerca de 80), não realizou a inscrição.
Dentre as cidades, Ribeirão Pires, que requeriu sete médicos, e Rio Grande da Serra, com pedido de seis, são as únicas classificadas como prioritárias para o recebimento de profissionais. A maior solicitação foi feita por Mauá, com 46 médicos; seguida de São Bernardo, 20, e Santo André, 14.

De acordo com o governo federal. os profissionais devem começar a atuar nos municípios no mês que vem.

BAIXA ADESÃO

Não foi só o Grande ABC que registrou baixa adesão ao programa. Em todo o País, o número de confirmações ficou abaixo do esperado: dos 1.723 médicos selecionados na primeira etapa de inscrições para atuar em 626 cidades, somente 938 confirmaram a participação no Mais Médicos e atenderão 404 municípios. As vagas preenchidas equivalem a 6% da demanda nacional de 15.460 profissionais.

Com adesão abaixo do esperado, o Ministério da Saúde manterá até amanhã a possibilidade de indicação, por médicos brasileiros, de seis opções de cidades em que desejam atuar.

No dia 15, terá início a próxima chamada de médicos e municípios. Quase metade dos inscritos no programa se formou entre 2011 e 2013. Como benefício, receberão bolsa de R$ 10 mil mensais, além de ajuda de custo para uma jornada de 40 horas semanais.