A investigação de dupla jornada dos três vereadores do PTB de São Caetano – Gérsio Sartori, Flávio Rstom e Paulo Bottura – está emperrada no Ministério Público.

O MP solicitou à Prefeitura a grade horária completa dos protagonistas do inquérito para comparar com expediente que prestam na Câmara.

Instaurado na Promotoria Cível de São Caetano, o processo recebeu uma resposta simples do Executivo, que afirmou não haver confronto entre horários dos petebistas. Não satisfeito com os dados, o MP retornou o pedido para ter informações completas sobre os cargos e funções desempenhadas no Paço.

O inquérito se arrasta desde o ano passado, época em que os três parlamentares, que são servidores concursados, atuaram em postos de trabalho comissionados na gestão do ex-prefeito e secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB).

A carga horária que os petebistas respondiam era de 44 horas semanais, o que representa nove horas diárias de trabalho. A atuação na Câmara tinha data marcada para ocorrer na terça-feira, às 16h, em reuniões oficiais de comissões permanentes e também em sessões extraordinárias marcadas de maneira aleatória.

A exoneração do trio ocorreu no ano passado, dentro do prazo estabelecido pela Lei Eleitoral que exige que candidatos deixem postos públicos seis meses antes do pleito.

Investigado, Flávio Rstom acredita que a investigação “não vai andar”. O petebista alegou que a carga horária atual dele e de seus companheiros é de 20 horas semanais. “Trabalho de manhã, não tem confronto com a Câmara. Quem fez a representação nem sabia disso. A investigação não está de acordo, não somos concursados, somos funcionários efetivos”, disse.

Sartori e Bottura não retornaram aos contatos da equipe do Diário.