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Mistério
Família quer
explicações sobre
pintor achado morto

Vítima de 46 anos havia fugido de internação na UPA Sacadura Cabral sem explicações

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
07/07/2013 | 07:00
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Arquivo pessoal


Familiares do pintor de veículos Wilson Ferreira, 46 anos, querem respostas da Prefeitura de Santo André sobre como ele fugiu da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Sacadura Cabral, em 30 de maio. A vítima foi encontrada morta no dia 10 de junho, em córrego na Avenida Lauro Gomes, em São Bernardo.

O caso é investigado pelo 2º DP (Rudge Ramos) da cidade. Por enquanto, as causas ainda são desconhecidas, visto que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) ainda não está pronto.

A família questiona qual o motivo de o hospital ter permitido que Ferreira saísse da unidade. A alegação é que a diretoria do local não explicou o que aconteceu. Por meio de um funcionário, ficaram sabendo que ele pulou a janela. Outros dizem que não conseguiram impedi-lo ou convencê-lo a permanecer internado.

O córrego onde o corpo foi encontrado fica a 200 metros da unidade médica. Segundo os familiares, o pintor tinha problemas com o alcoolismo e sofria de alucinações. Ele foi internado no dia 28 de maio com suspeita de pneumonia. Estranharam o fato de não ter sido solicitado pelo hospital um acompanhante para permanecer com ele e também porque Ferreira não foi sedado em um momento de agitação.

“Queremos saber o que aconteceu, só isso, até para não ficar fazendo acusações e suposições da conduta da UPA e esclarecer tudo isso de uma vez”, disse o técnico Thiago Luiz Braz, 30, primo da vítima.

Em nota, a Prefeitura de Santo André informou que Ferreira permaneceu dois dias calmo e seguindo o tratamento. Porém, no dia em que fugiu, teve graves problemas com a abstinência de álcool e recusou-se a tomar os remédios que lhe eram dados.

A administração municipal confirmou as versões dadas por funcionários. Segundo eles, completamente alterado, o pintor pulou pela janela, mas foi alcançado por guardas civis municipais. Ao ser trazido de volta, ele fugiu correndo e não pôde mais ser alcançado.

A Prefeitura rebateu as acusações dos familiares e disse que as visitas na UPA para casos de internação de emergência são permitidas 24 horas por dia. E que somente no dia do ocorrido, por volta das 15h, é que os familiares foram à unidade para retirar seus pertences.

Parentes dizem que o visitaram e que ele estava consciente e até confiante em ter alta, pois já sentia bem e recuperado.

A nota da administração reitera que os guardas registraram ocorrência no 4º DP (Jardim) andreense sobre a fuga do paciente e informaram aos familiares.

Durante o tempo em que Ferreira permaneceu desaparecido, os parentes chegaram a promover campanha nas redes sociais para obter pistas de onde ele poderia estar.

A apuração preliminar do 2º DP apontou que o quadro clínico da vítima era crítico e que certamente a possibilidade mais sensata é que a pneumonia se agravou, visto que fugiu apenas de camiseta, sem blusa, em um dia de garoa e frio.

A princípio, a polícia trabalha com a possibilidade de o corpo ter ficado por 11 dias dentro do córrego, pois foi encontrado em estado avançado de decomposição. 




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