À frente da Secretaria de Educação de São Caetano desde o início da gestão Paulo Pinheiro (PMDB), o secretário Daniel Contro promete transformar a cidade numa Finlândia, país conhecido pelos melhores índices educacionais do mundo. A meta é ambiciosa e, para alcançá-la, o secretário admite que é preciso tempo. “Não é coisa para quatro anos. Trabalhamos em longo prazo, com projetos para uma década.”
Um deles inclui a ampliação do reforço escolar nas escolas da cidade, necessário para alunos que têm dificuldades para acompanhar as aulas. “Nossos estudantes já são alfabetizados aos 6 anos, mas queremos que seja antes, aos 5, como é feito nos países desenvolvidos. Mas, depois da alfabetização, é preciso acompanhar esse aluno e, caso ele tenha dificuldades, auxiliá-lo.”
Contro afirma que o sistema de reforço escolar existente hoje em São Caetano é muito frágil. “As salas de apoio são essenciais nesse processo. Mas, muitas vezes, ficam nas mãos de estagiários de Pedagogia. Nossa intenção é colocar bons professores nesta função.”
Para tanto, a Prefeitura pretende abrir no segundo semestre concurso para contratação de 70 docentes, que serão destinados exclusivamente às salas de apoio para reforço escolar. “Serão 35 de Matemática e 35 de Português, já que contas e leitura são as maiores dificuldades dos alunos.”
As aulas de Ciências também ganharão reforço com a implantação de 11 laboratórios em escolas que ainda não possuem o equipamento. Os já existentes também passarão por reformas.

LANCHE
A fim de resolver o problema dos alunos que vão almoçar em casa e não retornam para as aulas de reforço, Contro explica que as escolas estão oferecendo lanche reforçado, equivalente ao almoço.
Além disso, os pais desses estudantes deverão receber comunicado informando sobre a importância de enviar novamente os filhos para a escola para participar das aulas de reforço. “Falamos com a Vara da Infância e Juventude e nos informaram que os pais podem ser responsabilizados caso não enviem os filhos. Vamos explicar isso, porque todos têm de ter responsabilidade no processo de aprendizagem dos alunos”, afirma o secretário.

QUALIDADE
O objetivo do secretário é oferecer às crianças e jovens da cidade condições de competir por uma vaga nas melhores universidades do País. “No Brasil, gasta-se R$ 4.200 por aluno na Educação Básica por ano. São Caetano tem o dobro desse valor para gastar, por isso, acredito que é possível alcançar nossas metas.”
Outro passo importante para melhorar o ensino oferecido no município foi a aplicação da Prova São Caetano, na semana passada, para os 14 mil alunos a partir do 3º ano do Ensino Fundamental. Os resultados, que deverão ser tabulados nos próximos dias, ajudarão a Pasta a saber os pontos fortes e fracos de cada instituição municipal. “Além disso, estudamos implantar projeto de meritocracia. Os profissionais das escolas que tiverem os melhores desempenhos serão bonificados por isso, como forma de incentivar as melhorias.”