O número de financiamentos de automóveis cresceu 24% entre janeiro e abril em relação ao mesmo período de 2012, segundo a Cetip, integradora do mercado financeiro que consolida as mais variadas operações de crédito.

Se só o mês de abril for considerado, o número de vendas parceladas ficou 17% maior do que o registro no mesmo mês do ano passado e 10% superior ao volume em março de 2013.

Além da alta, os resultados do mês passado indicam que o financiamento de carros novos aumentou em 26,3% na relação anual. Já o número de transações de parcelamento de semi-novos saltou ainda mais: 57,7% saindo de 116 mil em abril 2012 para 183 mil neste ano. Embora haja cada vez mais gente disposta a encarar uma dívida, o prazo de pagamento, em média, diminuiu em seis meses, de 42 para 36. O valor dos financiamentos praticamente se manteve estável em relação a 2012.

PONTUALIDADE

A outra boa notícia é que mais gente conseguiu pagar as prestações em dia. Segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), a inadimplência diminuiu.

A falta de pagamento de contratos de financiamento CDC (Crédito Direto ao Consumidor) acima de 90 dias, no caso de pessoa física, apresentou queda em março, chegando a 6,3% das operações, o que significa redução de 0,4 ponto percentual na comparação com março de 2012. Já os atrasos de mais de 15 dias e menos de três meses subiram em 0,6 ponto em março, quando comparado com fevereiro, para 8,4% do total.

INCENTIVOS

Com expectativa de melhoras no cenário de financiamentos após o recente anúncio da prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido até o fim de 2013, a Anef destacou que houve aumento na liberação de recursos em março na ordem de 19%, atingindo R$ 8,7 bilhões contra R$ 7,3 bilhões de fevereiro.

No total dos três primeiros meses do ano foram liberados R$ 25,8 bilhões, o que representou encolhimento em relação aos R$ 28,2 bilhões liberados no mesmo período de 2012 - queda de 8,7% em 12 meses.

"Dessa maneira a expectativa de crescimento ao redor de 8% para o saldo de financiamento em 2013 - posição projetada para dezembro - vai se configurando menos provável de se materializar, haja vista que o crescimento econômico não atinge o ritmo que se acreditava para este ano", explica o presidente da Anef, Décio Carbonari.