O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, afirmou que a decisão do Supremo não abre brechas para maiores gastos públicos e nem para o aumento do endividamento e as decisões liminares não afetaram a essência da lei.
Um dos dispositivos que foi suspenso pelo STF, o parágrafo segundo do artigo 12, diz que as operações de crédito não podem ser superiores às despesas de capital. Segundo Bier, esse dispositivo já consta da Constituição Federal e a suspensão dele na LRF não muda em nada do ponto de vista prático.
Na opinião de Bier, o efeito prático da decisão tomada pelo Supremo acabará "restringindo a margem de manobra" dos governadores e prefeitos.
O deputado federal Emerson Kapaz (PPS-SP) acredita que a liminar ainda pode ser revertida, uma vez que considera a Lei de Responsabilidade muito importante para se manter a seriedade com os gastos.
Já deputado Antônio Kandir (PSDB-SP) acredita que, apesar de achar que ainda é muito cedo para se fazer um diagnóstico, que a decisão do STF poderia influenciar no risco Brasil. Kandir também não descarta a possibilidade de revogar a decisão.
Além de derrubar a ‘regra de ouro’, o tribunal também vetou os dispositivos que permitiam a redução dos salários dos servidores e a diminuição da jornada de trabalho deles com o objetivo de conter o crescimento da folha de pessoal.
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