A Prefeitura de São Bernardo inicia nesta quarta a construção de duas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), uma no Jardim Ipê e outra no Jardim da Represa, bairros localizados na região do Grande Alvarenga. As novas unidades vão substituir as já existentes e que estão com demanda acima da capacidade, pois atendem mensalmente a 3,8 mil pessoas, cerca de 2 mil acima do projetado quando foram feitas. Segundo a Prefeitura, a previsão é que as duas novas UBSs sejam entregues dentro de 180 dias. Terça à noite, o prefeito Maurício Soares e os secretários de Obras, Otávio Manente, e da Saúde, Wilson Narita, assinaram a ordem de serviço que autoriza o início das obras.

Após a conclusão das obras, as unidades atuais serão desativadas. A UBS do Jardim Ipê, que hoje funciona em um prédio precário na estrada dos Casas, passará para a esquina da rua Largo da Mangueira. E a unidade do Jardim da Represa, hoje na rua Irati, será na esquina das ruas Maringá e Una.

De acordo com o prefeito, o objetivo é oferecer atendimento de melhor qualidade à população, hoje prejudicada pela alta demanda na região do Alvarenga. Quando a UBS do Jardim Ipê foi inaugurada, há 17 anos, atendia cerca de 300 pacientes/mês, número que atualmente está em cerca de 1,6 mil pessoas/mês. O mesmo ocorre na UBS Jardim da Represa. Em 1988, quando foi construída, recebia em torno de 350 pacientes/mês, contra 2,2 mil hoje. Existem 30 UBSs no município, cinco no Alvarenga. “O número de pacientes nesses locais cresceu cerca de cinco vezes, e precisamos adequar as instalações à nova realidade dos bairros. O que se busca é dar um atendimento humano, mais rápido e de melhor qualidade”, disse o prefeito.

Cada uma das novas unidades custará R$ 476 mil. Os novos prédios terão 644 m² cada, metragem três vezes maior que as atuais. São oito consultórios – dois odontológicos –, sala para sutura, duas salas de observação e outras 12 para vacina, medicação, inalação e coleta de exames.

Uso correto – Para o prefeito, a população deve utilizar as UBSs para o atendimento de casos simples e consultas, e deixar para ir aos pronto-socorros somente em caso de emergência. Um exemplo dessa situação é o PS Central de São Bernardo, que recebe a maior demanda da cidade. Segundo a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde, Sandra Regina Ferreira Passos, de um total de 1,2 mil pessoas atendidas por dia na emergência, entre 50% a 60% dos casos podiam ser solucionados nas UBSs, como dor nas costas e tendinite. “Não temos como ficar selecionando, e isso tira o atendimento do paciente realmente de emergência, como vítimas de acidentes e sangramento em mulheres grávidas”, disse. Os casos de emergência são atendidos em cinco pronto-socorros e em quatro UBSs que funcionam 24 horas.