Cerca de 1.101 recenseadores - agentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que executam a pesquisa nas ruas - do Grande ABC não receberam o colete, com o logotipo do Censo. Segundo o chefe da unidade do IBGE em São Paulo Henrique Abílio Gonçalves o restante chega hoje. O Censo Demográfico deve visitar 734 mil domicílios e conta com 2.582 agentes na região.

"A empresa que ganhou a licitação está enviando conforme a produção para todo o País. Mas não é o colete que impede o trabalho. Antes o agente saía na rua com um bloco de papel. Hoje, para iniciar ele passa por um treinamento. Depois é feita a escolha do setor e ele sai com o supervisor para o reconhecimento da área. O supervisor é responsável por oito a 10 agentes. Então, não tem como colocar todos na rua no primeiro dia da pesquisa. Daí o prazo de três meses de pesquisa."

Um recenseador de 27 anos, morador de Santo André, que preferiu não ser identificado, está ansioso para trabalhar. "Acho que todos deveriam receber ao mesmo tempo. Quero estar com o material em mãos para fazer o reconhecimento do setor."

Para os responsáveis da região o atraso não irá afetar o cronograma de pesquisa. "Não acredito que isso atrapalhe. Recebemos 44% dos coletes, sendo que alguns coletes vieram sem o bolso para colocar a identificação. Por isso, vamos anexar do lado esquerdo da roupa", disse o coordenador Reynaldo Beliziário, responsável por São Bernardo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

O coordenador José Antonio Fontes, responsável por Santo André e São Caetano, informou que faltam 60% dos coletes.