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Sábado, 27 de Abril de 2024

'Do Lixão à Globalização' toma avenida
Bruna Gonçalves
do Diário do Grande ABC
01/03/2011 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A uma semana para o Carnaval de Santo André, a escola de samba Cidade São Jorge realiza os últimos ajustes nas fantasias e carros alegóricos.

A dona de casa Anália Maria Lima, 24 anos, não só está dando duro em finalizar as fantasias da ala da bateria, como está muito ansiosa para sua primeira participação na avenida.

Ela será o segundo destaque de um dos carros alegóricos. "Vai dar vergonha e nervosismo na avenida. Mas agora estou concentrada nas fantasias, que estão sendo feitas desde novembro. São coletes, cinturões, adereços para mãos e pés e costeiros e chapéus. Divido o trabalho com a madrinha de bateria, e estamos finalizando."

A agremiação será a antepenúltima a desfilar, às 23h45, no Espaço Pirelli (Avenida Giovanni Batista Pirelli, próximo ao Carrefour).

A agremiação leva para a avenida o enredo Do Lixão à Globalização, São Jorge e Peralta Conscientizam a População.

"Vamos falar desde o lixo na natureza, passando pela reciclagem e até o futuro com a utilização da tecnolgia. É um tema importante e que as pessoas têm que ter conscientização", ressalta o diretor financeiro Joelmir Cosmo da Silva.

Serão 500 componentes distribuídos em 12 alas e quatro carros alegóricos. São 60 pessoas na bateria e um casal de mestre-sala e porta-bandeira. O desfile será dividido em três setores: Coleta de Lixo e Degradação, Natureza e Globalização.

Silva admite que não é fácil confeccionar o Carnaval. "Estamos gastando R$ 80 mil, sendo R$ 24 mil vindos da administração, R$ 30 mil de patrocínio e o restante de eventos. É preciso mais recursos para conseguir sair na avenida."

COMUNIDADE

Levar a comunidade de volta para a escola de samba. Esse é o objetivo da agremiação Cidade São Jorge para o próximo Carnaval.

Segundo o diretor financeiro, 70% da escola é formada pelos moradores.

"Queremos que volte a ser como nos anos anteriores, com 90%. Para isso é feito o trabalho boca a boca. São eles que fazem o Carnaval dar certo, porque apoiam e se dedicam", afirma.

Madrinha de bateria desfila em duas escolas e dois blocos

Ser mãe e trabalhar já são tarefas difícieis. Quando se desfila em três escolas de samba e um bloco de Carnaval a situação é ainda pior, certo? Não para a telefonista Camila Rosa, 32 anos, madrinha de bateria da São Jorge. Ela largou o emprego faz três semanas para se dedicar ao Carnaval.

"Não estava conseguindo me dedicar ao trabalho e nem às escolas, por isso optei por sair. Nas últimas semanas tenho dormido três horas por dia. Mas consigo dar conta de fazer a lição com meu filho, esperar a perua chegar e ainda ajudar a fazer as fantasias da ala da bateria e ir em todos os ensaios."

Qual o segredo? "Nasci no samba, acho que isso é que me dá força", completa.

No domingo, ela desfila às 19h30 no bloco Gaviões da Fiel ABC, às 23h45 na Cidade São Jorge e vai para São Paulo, onde desfile às 4h na Gaviões da Fiel. "Na terça vou para Santos participar de um bloco. Só não vou para o Rio, desfilar na Mangueira, porque não vai dar."




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