As instituições para idosos de longa permanência têm novas regras a cumprir. Está em vigor, desde segunda-feira, uma nova resolução da Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) que estipula mudanças estruturais nos asilos. Agora, os quartos devem ter banheiro e acomodar no máximo quatro pessoas.

As exigências são conhecidas dos administradores de asilos, que alegam dificuldades para cumpri-las. Além do espaço reservado ao conforto dos internos, as casas devem seguir, agora, determinações relacionadas ao número de funcionários contratados.

Para serviços de limpeza, por exemplo, um profissional deve ser responsável por cada 100m² de área interna. O quadro de enfermeiros também deve ser reforçado, segundo o grau de dependência dos idosos. A instituição, pública ou particular, terá de oferecer um cuidador para cada seis a dez idosos.

Mudanças que custam caro, segundo o administrador da Instituição Assistencial Nosso Lar, Marcelo Fabri, de Santo André.

“As casas filantrópicas vão sentir mais dificuldade. A nossa é para mais de 100 idosos e não temos para quem repassar os custos. As clínicas aumentam o valor cobrado, nós não podemos. Nosso prédio tem 2.000 m² – como poderemos ter tantos funcionários para a limpeza?”, questiona Fabri.

A engenheira civil da Vigilância Sanitária de Santo André, Fátima Jolo, conta que já realizou reuniões com representantes de instituições do município para oferecer orientação.

“Conversamos com cada uma e, a partir de agora, vamos vistoriar o cumprimento das medidas. Agora, está mais fácil fazer fiscalização, tanto da vigilância, como dos familiares. As normas estão colocadas de forma clara. A legislação antiga adeixava dúvidas”, diz Fátima.