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Terça-Feira, 4 de Junho de 2024

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Em São Caetano
‘Eu dialogo’, diz Eduardo Vidoski em indireta ao prefeito Auricchio

Pré-candidato do PRD reconhece que escolha de Tite Campanella (PL) como nome governista à sucessão criou insatisfação na Câmara

Camila Pergentino
11/05/2024 | 09:16
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Eduardo Vidoski, irmão do vereador Beto, lançou pré-candidatura ao Paço de S.Caetano (FOTO: André Henriques/DGABC)


Um dia após lançar-se pré-candidato ao Paço de São Caetano, o empresário Eduardo Vidoski (PRD) disse ontem ser um político do diálogo, em crítica indireta ao atual chefe do Executivo, José Auricchio Júnior (PSDB), que teria criado insatisfação ao indicar o vereador Tite Campanella (PL) como nome oficial à sucessão sem ouvir integrantes de seu grupo político.

“Sou uma pessoa da conversa olho no olho. Eu dialogo com todo mundo, independentemente de ser situação ou oposição”, declarou Eduardo em entrevista exclusiva ao Diário na manhã de ontem, na sede do jornal, em Santo André. Ele estava acompanhado do irmão, o vereador Beto Vidoski (PRD), e de parte dos 22 pré-candidatos do partido ao Legislativo no pleito de outubro.

À pergunta sobre se a pré-candidatura de Eduardo seria resposta à contrariedade gerada na base aliada de Auricchio na Câmara com a indicação de Tite, que possui desafetos no Legislativo, Beto tergiversou: “Para saber se muita gente ficou insatisfeita com a escolha (do prefeito), é preciso perguntar para muita gente”. Mas admitiu que muitos dos vereadores governistas não vão fazer campanha para o liberal.

Beto contou que o anúncio da pré-candidatura de Tite, feito por Auricchio em 5 de abril, último dia da janela partidária que permitia aos vereadores trocar de legenda, causou mal-estar na Câmara, pois impediu eventual reorganização de forças entre as siglas aliadas. “O PSD ficou com seis cadeiras; vai reeleger os seis?”, questionou o legislador.

Ao responder a questionamento sobre eventual aliança, Eduardo aproveitou para afastar boatos que circulam nos meios políticos de São Caetano, dando conta de que ele pode abrir mão da disputa eleitora e apoiar Tite. “Por que você diz ‘caso’ eu mantenha a candidatura? Vou manter”, assegurou o empresário.

Beto foi ainda mais incisivo sobre a seriedade da pré-candidatura do irmão a prefeito. Ele negou que o PRD seja um “balcão de negócios”, assim como era o PSDB em São Caetano, “antes de eu chegar”. “Todo mundo sabia antecipadamente que a candidatura iria ser vendida”, disse o vereador.

Embora os irmãos Vidoski tenham deixado o PSDB e agora assumam uma pré-candidatura contrária aos interesses do Paço, Beto assegurou que continua fiel ao governo até 31 de dezembro. E garantiu que conversa com os tucanos, aos quais podem se aliar na disputa de outubro. “Ainda não temos nome para vice”, lembrou o vereador.

Eduardo disse que até o fim das convenções, em 5 de agosto, quando os partidos escolhem oficialmente seus candidatos, vai continuar buscando aliados entre todas as agremiações, com exceção das de esquerda. “Nós estamos abertos. Acho que quando realmente começar a pré-campanha, todos nós (da direita) estaremos juntos. Muita gente vai estar na nossa campanha, estando no nosso partido ou não.”

Há até a possibilidade de compor com Tite, de quem especulou-se, no passado, poderia ser vice. “Ele é meu amigo e tenho muito respeito por ele”, finalizou o empresário.




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